Tolerância da Typha domingensis a Efluente de Alta Carga Orgânica (Tolerance of Typha domingensis to Effluent with a High Organic Load)

Autores

  • Ivanildo Sales Filho Universidade Federal de Pernambuco
  • Helio Cabral Lima Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Simone Machado Santos Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5935/1984-2295.20150034

Palavras-chave:

toxicidade, Typha domingensis, efluente de alta carga orgânica.

Resumo

As macrófitas aquáticas são muito utilizadas como autodepuradoras no tratamento de efluentes com alta carga orgânica em sistemas de wetlands. Porém, se faz necessário um estudo prévio da tolerância destas plantas ao tipo de efluente utilizado. Diante desse contexto, este trabalho teve como objetivo principal avaliar a tolerância de uma macrófita ao efluente de um digestor anaeróbio de resíduos sólidos orgânicos. Para tanto, foram montadas wetlands em escala de bancada, vegetadas com a macrófita taboa (Typha domingensis) e irrigadas com o efluente de um biodigestor de resíduos sólidos orgânicos, diluído com água, tendo como substrato areia lavada. O efluente não diluído e diluído em água a 50% provocou a morte de todas as plantas em apenas duas semanas de irrigação. As plantas irrigadas com o efluente a 25% sobreviveram às 06 semanas de tratamento, apresentando diminuição do crescimento. O efluente na concentração de 12,5% promoveu o crescimento das plantas nas 06 semanas de irrigação. Ao final do experimento, concluiu-se que, apesar do efeito tóxico do efluente na planta, evidenciou-se também sua riqueza em nutrientes essenciais.

A b s t r a c t

Aquatic macrophytes are often used as self-purifiers in the treatment of effluent with a high organic load in wetland systems. However, a study of the tolerance of these plants to the type of effluent used should be conducted in advance. The main aim of the present study was to assess the tolerance of a macrophyte to effluent from an anaerobic digester of solid organic waste. In order to do so, wetlands were created on a bench scale and vegetated with the macrophyte Taboa (Typha domingensis). The plants were then irrigated with effluent from a biodigester of solid organic waste, diluted with water, using washed sand as substrate. The non-diluted effluent and the effluent diluted with 50% water caused the death of all of the plants in just two weeks of irrigation. The plants irrigated with effluent at 25% survived the six weeks of treatment, exhibiting a decrease in growth. Effluent at a concentration of 12.5% promoted the growth of the plants in the six weeks of irrigation. At the end of the experiment, it was concluded that, despite the toxic effect of the effluent on the plants, there was evidence of its richness in essential nutrients.

Keywords: Toxixity, Typha domingensis, High organic load effluent.

 

Biografia do Autor

Ivanildo Sales Filho, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal de Campina Grande (2008), com ênfase em Processo Eletroquímico. Conhecimento em galvanoplastia e tratamento de efluentes galvânicos. Concluiu mestrado em Engenharia Civil e Ambiental na Universidade Federal de Pernambuco (2014), com ênfase no pós-tratamento de efluente de um biodigestor de resíduos sólidos orgânicos utilizando a macrófita Typha Domingensis em wetlands construidos.

Helio Cabral Lima, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Concluiu a graduação em agronomia na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Em 1988, nesta mesma instituição, concluiu o curso de mestrado em Ciências do Solo e em 2000, o doutorado em Fitotecnia foi realizado na Universidade Federal do Ceará. É Professor da UFRPE desde 1985, atuando na área de bioquímica vegetal e nutrição mineral de plantas, com ênfase nos seguintes temas: nutrição mineral, DNA, salinidade, sorgo forrageiro e hidroponia.

Simone Machado Santos, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Pernambuco (1993), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (1997) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Trabalhou como analista ambiental no órgão de controle ambiental do Estado de Pernambuco, de 2004 a 2008. Atualmente, é professor adjunto 3 da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Engenharia Civil, atuando nas seguintes áreas: gerenciamento de resíduos sólidos, tratamento de efluentes e qualidade da água.

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Publicado

2015-12-15

Como Citar

Sales Filho, I., Lima, H. C., & Santos, S. M. (2015). Tolerância da Typha domingensis a Efluente de Alta Carga Orgânica (Tolerance of Typha domingensis to Effluent with a High Organic Load). Revista Brasileira De Geografia Física, 8(3), 823–830. https://doi.org/10.5935/1984-2295.20150034

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