CONCEPÇÕES SOBRE METODOLOGIAS ATIVAS ENTRE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Resumo
O ensino tradicional, ainda predominante no cenário educacional brasileiro, especialmente na educação básica, ainda se configura em salas enfileiradas e na atuação dos docentes como centro do processo pedagógico. Apesar de vivermos em uma era da informação e da tecnologia, esses recursos não adentraram os espaços educacionais, na maioria das instituições. No sentido de romper esse paradigma, surgem novas formas de mediação pedagógica, através das metodologias ativas, onde o foco do processo de ensino e aprendizagem passa a ser o aluno e tornando-o ativo, engajado e protagonista da sua aprendizagem. A presente pesquisa objetiva analisar as concepções sobre metodologias ativas de professores da educação básica distribuídos em diferentes gerências educacionais de Pernambuco, para analisar, através dessa amostra, o cenário de métodos ativos no processo de ensino e aprendizagem, uma vez que tal temática é pertinente diante do atual contexto da educação. Apresenta uma abordagem qualitativa, trazendo como participantes da pesquisa 17 (dezessete) professores de escolas públicas e privadas distríbuidas em diferentes gerências regionais de educação (GRE) em Pernambuco, epecificamente, GRE Metropolitana Norte, GRE Metropolitana Sul, GRE Mata Sul e GRE Recife Sul. Os dados foram coletados de maneira online utilizando o aplicativo WhatsApp, e como instrumento um questionário gerado pelo Google Forms, sobre as concepções e os modelos de metodologias ativas. Os dados coletados foram analisados e categorizados na perspectiva de Bardin (2011). A maioria dos professores participantes reconhecem as metodologias, e são capazes de identificar alguns modelos como: aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem baseada em problemas, aprendizagem colaborativa, estudo de caso, experimentação, ensino por investigação, design learning, gamificação, instrução por pares, prototipagem e sala de aula invertida. Apontam as metodologias ativas como ações centradas no estudante, tornando-o autônomo, protagonista e ativo no processo de aprendizagem, apesar do conceito ser desconhecido por alguns participantes. Fica enfático o despreparo, por parte dos profissionais, para atuar com métodos ativos. Tal situação pode ser explicada pela baixa incidência - tanto na formação inicial quanto na continuada – de atividades voltadas à temática, sendo necessário reduzir esta lacuna e ampliar a inserção destas metodologias nos cenários educacionais, principalmente nas instituições de educação básica.