Bioestratigrafia do limite cretáceo-paleógeno da bacia da paraíba com base na palinologia

Autores

  • Marcella Andrade de Oliveira Alves
  • Paulo Roberto Silva Santos
  • Mário Lima Filho

DOI:

https://doi.org/10.51359/1980-8208/estudosgeologicos.v29n1p3-24

Palavras-chave:

Limite Cretáceo-Paleógeno (K-Pg), Bacia da Paraíba, Bioestratigrafia, Palinologia

Resumo

Esse trabalho apresenta os resultados dos estudos palinoestratigráficos, com ênfase nos miós-poros e cistos de dinoflagelados. Foram avaliados oito afloramentos de uma seção carbonática (pedreiras Nassau, Poty, Cipasa, Zebu, Cimepa, Cigra, Engenho Garapu e São Clemente), localizados entre as cidades de Recife e João Pessoa, na bacia da Paraíba, nordeste do Brasil. A pedreira Poty é considerada a seção de referência da passagem K-Pg, em baixas latitudes do hemisfério sul, expondo um registro relativamente completo desse evento. Esses afloramentos são representantes das formações Gramame (Maastrichtiano) e Maria Farinha (Paleoceno), essa última caracterizada na pedreira Poty. Foram identificadas a superzonoza Crassitricolpo-rites brasiliensis e Zona Gabonisporis vigourouxii, de miósporos, além das zonas Dinogym-nium spp. e Yolkinigymnium lanceolatum, de cistos de dinoflagelados, datando a seção maas-trichtiana, na área de estudo. Representando o Paleógeno, foram reconhecidas a superzona Proxapertites operculatus, zona Echitricolpites communis, de miósporos, e zona Cerodinium diebelii, de cistos de dinoflagelados. A passagem Cretáceo-Paleógeno foi delimitada, na pe-dreira Poty, entre 16,2 e 17,1 m, no intervalo que corresponde às camadas C a F.

Referências

Abreu, W.S.; Regali, M.S.P. & Shima-bukuro, S. 1986. O Terciário da plataforma continental do Maranhão e Pará, Brasil: bioestratigra-fia e evolução paleoambiental. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 34, Goiania, Anais, SBG, 1,131-144.

Albertão, G.A. 1993. Abordagem inter-disciplinar e epistemológica sobre as evidências do limite Cretáceo-Terciário, com base em leituras efetuadas no registro sedimentar das bacias da costa leste brasilei-ra. DissertaçãodeMestrado, Uni-verisdade Federal de Ouro Preto, 2 Volumes, 251p.

Albertão, G.A.; Koutsoukos, E.A.M. & Regali, M.P.S.; Attrep Jr., M.; Martins Jr., P.P. 1994a. The Cre-taceous-Tertiary boundary in Southern low-latitude regions: preliminary study in Pernambuco, northeastern Brazil. Terra Rese-arch, 6: 366-375.

Albertão, G.A.; Martins Jr.; P.P. Koutsoukos, E.A.M. 1994b. O li-mite Cretáceo-Terciário na bacia de Pernambuco/Paraíba: caracte-rística que define um marco estra-tigráfico relacionado com um evento catastrófico de proporções globais. Acta Geológica Leopol-densia, 17 (39/1): 203-219.

Albertão, G.A.; Regali, M.P.S.; Koutsoukos, E.A.M.; Martins Jr., P.P. 1994c. O registro micropale-ontológico, com base em forami-níferos e palinomorfos, no limite Cretáceo-Terciário (K-T), bacia de Penambuco/Paraíba (PE/PB), nordeste do Brasil –Inferências Paeoambientais. Acta Geológica Leopoldensia, 17 (39/1): 131-145.

Albertão, G.A & Martins Jr. 1996a. Stratigraphic record and geochem-istry of the CrataceousTertiary (K-T) boundary in the Pernambu-co-Paraíba (PE/PB) basin north-eastern Brazil. In: Jardiné, S.;Klasz, I. & Debenay, J.P. (Eds.), Géologie de I ́Afrique et de I`'Atlantique Sud. Actes colloques Angers, 1: 403-411.

Albertão, G.A. & Martins Jr., P.P. 2006. Estratos Calcários da Pedreira Poty (Paulista), PE: Evidências de Evento Catastrófico no primeiro Registro do Limite K-T descrito na América do Sul. Sítios Geoló-gicos e Paleontológicos do Brasil, 102: 1-14

Albertão, G. A., Regali, M. S. P., Koutsoukos, E. A. M. & Martins Jr., P. P., 1994a. O registro mi-cropaleontológico, com base em foraminíferos e palinomorfos, no limite Cretáceo-Terciário na Bacia Pernambuco/Paraíba, Nordeste do Brasil –inferências paleoambien-tais. Acta Geológica Leopolden-sia, 17(39/1): 131-145

Albertão, G.A.; Martins Jr., P.P. Koutsoukos, E.A.M. 1994b. O li-mite Cretáceo-Terciáriona bacia de Pernambuco/Paraíba: caracte-rística que define um marco estra-tigráfico relacionado com um evento catastrófico de proporções globais. Acta Geológica Leopol-densia, 17(39/1): 203-219.

Albertão, G.A., Regali, M.P.S.; Koutsoukos, E.A.M.; Martins Jr., P.P. 1994c. O registro micropale-ontológico, com base em forami-níferos e palinomorfos, no limite Cretáceo-Terciário (K-T), bacia de Penambuco/Paraíba (PE/PB), nordeste do Brasil –Inferências Paeoambientais. Acta Geológica Leopoldensia, 17 (39/1): 131-145.

Alvarez, W. Claeys, P., Kieffer. S.W. 1995. Emplacement of Creta-ceous–Tertiary boundary shocked quartz from Chicxulub crater. Sci-ence, 269: 930-935.

Andrade, G.C.C.A. 2010. Nanofósseis Calcários do Maastrichtiano Supe-rior ao Daniano do Poço Poty, Bacia da Paraíba, Nordeste do Brasil. Dissertação de Mestrado Pós-Graduação em Geociências, UFPE, 92 p.

Andrade, G.C.C, Galm, P.C., Lima Fi-lho, M. F. 2010. Nanofósseis Cal-cários do Maastrichtiano Superior ao Daniano do Poço Poty, Bacia da Paraíba, Nordeste do Brasil. Estudos Geológicos. 20(2): 65-80.

Andrade, G,C,C & Oliveira, M.A. 2013. Bioestratigrafia e paleoecologia dos nanofósseis calcários e pali-nomorfos do Maastrichtiano supe-rior ao Daniano da bacia da Paraí-ba. In: Congresso Brasileiro de Paleontologia, Gramado, RS, Anais, 36p

Arai, M. 1992. Dinoflagellates from the middle Cretaceous in the offshore Campos Basin, southeastern Bra-zil. In: Simpósio Sobre as Bacias Cretácicas Brasileiras, 2, Rio Cla-ro, resumos expandidos, 27-29.

Arai, M. 1994. Dinoflagelados do Cre-táceo Superior (Turoniano –Ma-astrichtiano) da Bacia de Campos, plataforma continental do Sudeste Brasileiro. In: Simpósio sobre o Cretáceo do Brasil, 3, Rio Claro, Boletimde Resumos, 59-61.

Arai, M. & Botelho Neto, J. 1996. Bio-stratigraphy of the marine Creta-ceous of the southern and south-eastern Brazilian marginal basins, based on dinoflagellates. Samc News, 6: 15-16.

Ashraf, A.R. & Stinnesbeck, W. 1988. Pollen and sporen an der Kreide-Tertiar grenze in staate Pernam-buco, NE Brasilein. Palaeont.ABT. b, 208 (1-3): 39-51.

Barbosa, J.A. 2004. Evolução da Bacia da Paraíba durante o Maastrichti-ano-Paleoceno: formações Gra-mame e Maria Farinha, NE do Brasil. Dissertação de Mestrado, Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernam-buco, 230p.

Barbosa, J.A. 2007. A deposição carbo-nática na faixa costeira Recife-Natal: aspectos estratigráficos, geoquímicos e paleontológicos. Tese de Doutorado, Centro de tecnologia e Geociências, Univer-sidade Federal de Pernambuco, 107-114.

Downloads

Publicado

2019-08-22