Contribuição geofísica na área da Mina Bonfim, Lajes (RN): implicação à exploração de skarns mineralizados em AU-BI
DOI:
https://doi.org/10.51359/1980-8208/estudosgeologicos.v29n1p76-93Palavras-chave:
Magnetometria, Gamaespectrometria, Seridó, Skarn, Mina BonfimResumo
A Faixa Seridó, conhecida na Província Borborema por conter vários depósitos de inte-resse econômico, abriga ao longo das zonas de cisalhamento e nas proximidades de plútons graníticos, várias ocorrências de skarns dentro, ou no contato dos mármores da Formação Jucurutu. As análises de aeromagnetometria e a aerogamaespectrometria fo-ram utilizadas para a caracterização da área da Mina de Au-Bi-W de Bonfim afim de entender o comportamento geofísico da área. Os mapas magnetométricos de redução ao polo, primeira derivada vertical e derivada tilt foram utilizados para a caracterização estrutural da área, evidenciando as zonas de cisalhamento e estruturas de três direções preferenciais: NNE, ENE e E-W. Com base no mapa do sinal analítico, três domínios foram divididos, sendo o primeiro representado pelas anomalias de alto relevo magnéti-co correlacionadas às formações ferríferas da Formação Jucurutu, aos gabros e dioritos da Suíte intrusiva São João do Sabugi e aos plugs de olivina basaltos do Basalto Macau. O domínio de relevo mediano é onde ocorre a anomalia associada ao skarn da Mina Bonfim, que apresenta resposta magnética devido à minerais como magnetita, ilmenita e pirrotita associados à paragênese mineral da scheelita. Os mapas gamaespectrométricos do potássio anômalo e fator F contribuíram na delimitação de áreas de alteração hidro-termal. Uma fusão de imagem entre a primeira derivada vertical e o potássio anômalo foi efetuada e adicionados ocorrências de Au, W a fim de selecionar zonas de interesse geofísico na prospecção de Au-Bi-W. Adicionalmente, a partir do janelamento do mapa do sinal analítico, foi possível identificar 4 anomalias pequenas, similares à associada aos skarns polimetálicos da Mina Bonfim.Referências
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