Avaliação geoestrutural e caracterização tecnológica do sienito marrom imperial localizado no município de João Alfredo-PE

Autores

  • Maria Carolina de Albuquerque Feitosa Amador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
  • Márcio Luiz Siqueira Barros Departamento de Engenharia de minas UFPE
  • Vanildo de Almeida Mendes CPRM - Serviço Geológico do Brasil

DOI:

https://doi.org/10.18190/1980-8208/estudosgeologicos.v29n2p63-78

Palavras-chave:

Marrom Imperial, Geologia estrutural, Tensão, Rocha ornamental, Caracterização tecnológica

Resumo

Através de avaliações das fraturas de um maciço rochoso é possível compreender as forças agentes dos movimentos que provocaram as suas descontinuidades. Tal entendimento é fundamental para o controle das mesmas, o que resulta numa lavra de rochas ornamentais mais eficiente e de maior aproveitamento mineral, haja vista que as dimensões e qualidade dos blocos obtidos dependem principalmente da natureza e equidistância dos fraturamentos controlados pela distribuição das tensões atuantes, dessa forma reduz-se os passivos ambientais tão comuns neste tipo de extração. Neste trabalho, apresenta-se a análise estrutural do Sienito Marrom Imperial, localizado no distrito de Umari, zona rural do Município de João Alfredo-PE. Os dados coletados durante a visita técnica constituíram um banco de dados utilizado na construção de projeções estereográficas e diagramas de rosetas. Com base nos resultados pode-se concluir que a direção SE-NW é a melhor orientação de corte, para o desenvolvimento dos trabalhos de abertura da pedreira, de modo a provocar o alívio das tensões e evitar o desenvolvimento de fraturas durante os serviços de lavra. Quanto à caracterização tecnológica, os resultados obtidos foram comparados aos estabelecidos pelas normas ABNT NBR 15845:2010, NBR 12042:1992 e ASTM C 615:1992. Os índices físicos e ensaio de desgaste Amsler atenderam satisfatoriamente às referidas normas. Os dados dos ensaios de resistência à compressão simples e resistência à flexão mostram que a rocha suporta uma compressão mediana, levemente inferior ao estabelecido pelas já referidas normas. Com base nos resultados e análise petrográfica, a rocha não pode ser aplicada em locais úmidos e de intenso tráfego, devido ao seu grau de absorção de água e resistência à compressão simples abaixo dos limites estabelecido pela norma ASTM C615 e ABNT NBR 15845.

Referências

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Publicado

2020-02-13