“A gente combinamos de não morrer”: O feminismo como estratégia de redução de risco e minimização de danos

Autores

  • Isabela Bentes Universidade de Coimbra

Palavras-chave:

Feminismo, Antiproibicionismo, Redução de Danos, Gestão dos Prazeres, Drogas

Resumo

O ensaio proposto versa acerca da atuação política de grupos feministas no contexto da luta antiproibicionista no Brasil. Tal reflexão parte do pressuposto que a atuação das mulheres em conjunto tem tornado-se um mecanismo de redução de risco e minimização de dano não só articulado ao consumo seguro de substâncias psicoativas, como também elemento fundamental de resistência e enfrentamento desta população inserida num contexto de vulnerabilidades associadas. O exemplo a ser analisado diz respeito à formação do Bloco Feminista da Marcha da Maconha e a articulação da Rede Nacional Feminista Antiproibicionista, organizações localizadas no Brasil, que tem desempenhado o papel de massificar o discurso interseccional entre feminismo e antiproibicionismo. Pensar tais grupos associados ao conceito de vulnerabilidade, e sua necessidade  de construção estratégicas é um elo que é trazido para compreender a narrativa histórica da qual a mulher contemporânea é produto, assim como as formas que são construídas coletivamente para romper e propor novas formas de gerir seus prazeres, tanto na dimensão individual quanto na dimensão comunitária em geral.


Biografia do Autor

Isabela Bentes, Universidade de Coimbra

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Mestre em Sociologia pela Universidade de Brasília. Doutoranda do Programa Sociologia Cidades e Culturas Urbanas da Universidade de Coimbra. É integrante do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos - NEIP.

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Publicado

2019-06-19