Antropólogos ‘anfíbios’? Alguns comentários sobre a relação entre Antropologia e intervenção no Brasil

Autores

  • Soraya Fleischer UFRGS e ONG- Centro Feminista de Estudos e Assessoria, em Brasília.

Resumo

Ao contrário do que costumeiramente ouvimos, neste artigo pretendo
comentar como as versões ‘participativa’, ‘aplicada’, ‘da ação’, ‘da
prática’ sempre estiveram presentes na história brasileira da antropologia,
embora isso tenha se dado de forma implícita e quase
nunca sem provocar algum tipo de mal-estar, desdém ou pouco
caso. Aqui, a fim de avançar nessa discussão, alinhavo algumas
idéias que podem respaldar e aninhar o que chamarei, por ora, de
intervenção implícita. Nosso estilo de ‘intervenção’ se dá, a meu
ver, por conta de três características da antropologia brasileira: a) ela
sempre esteve em diálogo (não necessariamente amistoso) com a
construção interna das concepções de ‘nação’ e ‘desenvolvimento’;
b) ela nasce com forte viés político; e c) ela se deu majoritariamente
‘em casa’.

Biografia do Autor

Soraya Fleischer, UFRGS e ONG- Centro Feminista de Estudos e Assessoria, em Brasília.

Doutora em Antropologia pela UFRGS. Atualmente é assessora técnica da
ONG Centro Feminista de Estudos e Assessoria, em Brasília.

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Publicado

2011-09-22

Edição

Seção

Artigos