O balão e a catedral: Trabalho, lazer e religião na paisagem carioca

Autores

  • Clara Mafra Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPCIS/UERJ).
  • Claudia Swatowiski

Resumo

Com base em uma etnografia sobre a evolução do bairro onde foi construída a Catedral Mundial da fé – sede nacional da Igreja Universal do Reino de Deus –, ponderamos sobre mu-danças nos padrões de sociabilidade urbana e sua relação com o modo de se habitar a cidade. Sublinhamos a substituição de um modelo carnavalizado de distância/proximidade e de movimento social, para outro modelo, marcado pela segrega-ção e a ênfase na „cultura do medo‟. Uma sociabilidade carna-valizada, onde a regulação do espaço público é difusa e flexível, com base em referências de caridade e do tempo da exce-ção, dá lugar aos espaços semi-fechados, como a dos shoppings e da Catedral, que contam com mediadores de regras de socia-bilidade. Sugerimos ainda que, espaços como a Catedral ates-tam tanto a emergência de um outro modo de se habitar a metrópole quanto a falência de uma sociabilidade auto-regu-lada, com base num sistema de valores majoritariamente cató-lico.

Biografia do Autor

Clara Mafra, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPCIS/UERJ).

Clara Mafra realizou pós-doutorado na Universidade de Aberdeen, Escócia e é Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPCIS/UERJ).

Claudia Swatowiski

Claudia Swatowiski é doutoranda em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPCIS/UERJ).

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Publicado

2011-09-22

Edição

Seção

Artigos