Por detrás de tecidos e grades: um ensaio possível do Museo Penitenciário António Ballve com a carta espacial de Mercedes Sosa

Autores

  • Natalia Negretti Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

DOI:

https://doi.org/10.51359/2526-3781.2020.248694

Palavras-chave:

prisões, memória, museologia, turismo, cultura

Resumo

Este ensaio visual, oriundo de um percurso em torno de museus penitenciários, visa articular a vizinhança entre as duas instituições: o Museu Penitencário António Ballve e a Fundação Mercedes Sosa, ambos em Buenos Aires e instituições vizinhas. Contemplando os campos museológico e de memória, a contar de fragmentos da desativação do museu penitenciário, as frestas entre esta instituição e o espaço memorial da cantora possibilitaram registrar imagens desta relação e apresentar uma narrativa visual sobre museus penitenciários como instituições de processamento social frente às instituições penitenciárias e de memória. 

Biografia do Autor

Natalia Negretti, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Doutoranda em Ciências Sociais, na área de Estudos de Gênero, pela Unicamp. Realizou estágio doutoral, pela Universidade de Buenos Aires, na temática de imagem e ciências sociais . Pós-graduada em Gerontologia e mestra em Ciências Sociais (PUC-SP). A dissertação, "Madá e Lena entrecruzadas, dois dramas em trama: entre percursos numa tragédia social e uma constituição possível", sob orientação de Rosemary Segurado, teve como foco prisões femininas e objetivou compreender a gestão dos vínculos entre agentes do sistema prisional e mulheres em situação de aprisionamento a partir de duas trajetórias de vida. O doutorado em andamento, "Trajetórias de mais idade e Instituições de distintas temporalidades: juntando soslaios sobre gerações institucionais, trânsitos, gênero e curso da vida", sob orientação de Isadora Lins França, objetiva investigar trajetórias e trânsitos de pessoas consideradas etariamente idosas e mudanças em instituições a partir de políticas sociais. Tem interesse pelas áreas de antropologia e sociologia, com ênfase em estudos de gênero e sexualidade, curso da vida, imagem, gestão de populações, prisões, instituições, população em situação de rua, memória e trajetórias de vida.

Referências

AMARAL, Claudio do Prado. 2016. Prisões desativadas, museos e memória carcerária. Revista Brasileira de Estudos Políticos, no. 113: 289-334. https://doi.org/10.9732/P.0034-7191.2016V113P289.

BOSI, Ecléa. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

BRUCK, M. S. Profa. Eclea Bosi - Memória: enraizar-se é um direito fundamental do ser humano. Dispositiva, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 196 - 199, nov. 2012. ISSN 2237-9967. Disponível em: . Acesso em: 24. set. 2020.

HILLMAN, James. Cidade e alma. Coordenação e Tradução Gustavo Barcellos e Lúcia Rosenberg. São Paulo: Studio Nobel, 1993.

NEGRETTI, Natalia. Entre mar, montanha e íris do mundo todo: uma aproximação do museu penitenciário de Ushuaia. Gesto, Imagem e Som. São Paulo, v. 5, n.1, Ago, 2020. DOI dx.doi.org/10.11606/issn.2525- 3123.gis.2020.165724.

NORA, Pierre; AUN KHOURY, Tradução: Yara. ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA: A PROBLEMÁTICA DOS LUGARES. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, [S.l.], v. 10, out. 2012. ISSN 2176-2767. Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2020.

Publicado

2021-01-11

Edição

Seção

Ensaios Fotográfico