Impactos Socioambientais Geradas pela Via Mangue (Recife-PE) e Análise das Desigualdades Socioespaciais
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo a identificação e análise das modificações ambientais e sociais geradas pela obra da Via Mangue no trecho de Boa Viagem à Bacia do Pina em Recife/PE, no período de setembro de 2013 a julho de 2014. O estudo foi desenvolvido mediante revisão bibliográfica, pesquisa documental e atividades de campo. A pesquisa também traz questionamentos referentes ao manejo ambiental e social que permeiam o projeto da Via Mangue, uma vez que o reassentamento de famílias foi precário e o reflorestamento da área desmatada de manguezal não foi cumprido. Buscamos assim, entender em que dinâmica se insere a obra, apontar aspectos da transformação contemporânea destes espaços, de alterações na relação sociedade-espaço e no planejamento da cidade. Nesta pesquisa, abordamos o empreendimento não apenas como um projeto isolado de melhorias no transito, mas, como uma reconfiguração territorial, interligada a uma dinâmica recente e atual de expansão de grandes projetos nos espaços centrais do Recife, com megaempreendimentos comerciais e residenciais, dentre outros, que apresenta como objetivo central renovar e revalorizar locais antes desprezados como o manguezal e demais espaços líquidos da cidade. Neste processo de transformação dos espaços, percebemos que, em conjunto com o processo de valorização destes espaços, há uma segregação socioespacial gerada pela especulação imobiliária. Analisamos as transformações geradas pela Via Mangue, a dinâmica na qual está inserida e para quem foi desenvolvida. Verificamos as consequências de um desenvolvimento desigual, que ocasionou degradação ambiental e social, impactando o manguezal e a população realocada em condições precárias nos habitacionais.
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