Roupagens da precarização do trabalho alienado no processo de beneficiamento da castanha de caju

Autori

DOI:

https://doi.org/10.51359/2238-6211.2021.251629

Parole chiave:

Trabalho, Capital, Precarização do trabalho.

Abstract

O presente artigo tem como objetivo analisar a exploração e a alienação da força de trabalho precarizada no processo de beneficiamento da castanha de caju no agreste sergipano. O capital para garantir seu ciclo acumulativo cria e recria novas/velhas formas de explorar a força de trabalho que é a única fonte de riqueza do sistema capitalista. Em todas as fases e formas de organização do trabalho no beneficiamento da castanha de caju, pode-se observar a não compreensão dos trabalhadores de sua condição de explorado e da dimensão da riqueza material da castanha de caju, que confere a atividade de beneficiamento da castanha de caju a característica de trabalho alienado, em que o capital transforma o trabalho em meio de subsistência humana sob as mais diversas formas de exploração. A precarização da força de trabalho é necessária para aumentar o domínio e o controle do capital que se apropria do produto e do trabalho exteriorizado de forma tão perversa que impedem o trabalhador de se realizar, esse apenas sobrevive de forma precarizada.

 

Riferimenti bibliografici

ALVES, Maria Aparecida; TAVARES, Maria Augusta. A dupla face da informalidade do trabalho: “autonomia” ou precarização. In: ANTUNES, Ricardo. Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2006.

ANTUNES, Ricardo. O caracol e sua concha: ensaios sobre a nova morfologia do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2005.

_________________. Adeus ao Trabalho? Ensaio sobre as Metamorfoses e a Centralidade do mundo do Trabalho. 13ª ed. São Paulo: Editora Cortez, 2008.

CACCIAMALI, M. C. Setor informal urbano e formas de participação na produção. São Paulo: Instituto de Pesquisas Econômicas, 1983.

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 2012.

COSTA, Katinei Santos. No quebra-quebra da castanha: a precarização do trabalho no processo de beneficiamento da castanha de caju no espaço agrário dos municípios de Campo do Brito e Itabaiana / SE no território do agreste sergipano. Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão, Dissertação de Mestrado, 2011.

COSTA, Katinei Santos e CONCEIÇÃO, Alexandrina Luz. A Precarização do Trabalho e as (RE) Veste do Capital no Processo de Beneficiamento da Castanha de Caju no Espaço Agrário Sergipano. CEGET, Universidade Federal da Paraíba, 2010.

CONCEIÇÃO, Alexandrina Luz. A insustentabilidade do desenvolvimento sustentável. In: Revista Eisforia. Florianópolis, ano 02, v. 2, n.2, p. 79-91, 2005.

MALAGUTI. Manoel Luiz. Crítica à razão informal. A imaterialidade do salariado. São Paulo: Boitempo; Vitória EDUFES, 2000.

MANDEL, Ernest. A crise do capital: os fatos e a sua interpretação marxista. Tradução Juarez Guimarães. João Machado Borges. São Paulo: Ensaio Campinas, Editora da Universidade estadual de Campinas, 1990.

MARX, Karl. Contribuição à Crítica da Economia Política (Tradução a partir da edição francesa) Maria Helena Barreiro Alves; Revisão de tradução Carlos Roberto F. Nogueira – 3ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

SANTOS, João Bosco Feitosa. O avesso da maldição do gênesis: a saga de quem não tem trabalho. São Paulo: Annablume, 2000

TAVARES, Maria Augusta. Os fios (in) visíveis da produção capitalista: informalidade e precarização do trabalho. São Paulo: Editora Cortez, 2004.

Pubblicato

2021-11-24

Come citare

Costa, K. S. (2021). Roupagens da precarização do trabalho alienado no processo de beneficiamento da castanha de caju. Revista De Geografia, 38(4), 245–260. https://doi.org/10.51359/2238-6211.2021.251629