O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de Pernambuco e suas Práticas Espaciais

Autores

  • Otávio Augusto Alves dos Santos Desenvolvimento Urbano, Universidade Federal de Pernambuco (doutorando)

Palavras-chave:

Movimentos Sem-teto, Práticas espaciais, Espaço urbano

Resumo

Neste trabalho, procuramos dialogar com a literatura da transformação social e com as teorias dos movimentos sociais, sobretudo aquelas de vertente crítica, no intuito de encontrar nas práticas de certos movimentos sociais o conjunto de elementos necessários à uma transformação efetiva do espaço urbano. Procuramos identificar as diferentes práticas espaciais orquestradas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de Pernambuco em sua atuação na Região Metropolitana do Recife. Depois disso, tentamos descobrir como e em que sentido essas práticas são capazes de promover mudanças efetivas no espaço urbano. Ao final, vimos que as práticas espaciais desempenhadas pelo MTST/PE (territorializações, ressignificações do espaço e construção de redes socioespaciais) sempre buscaram, primeiramente, conquistar melhores condições de vida para as famílias sem-teto mediante a construção de sua autonomia. Mas nesse mesmo percurso, essas práticas sempre transcenderam a esfera da reprodução, engendrando uma luta mais radical contra o modo hegemônico de produção do espaço, promovendo um profundo questionamento da propriedade privada capitalista, dos discursos, regras, normas e instituições burguesas.

Biografia do Autor

Otávio Augusto Alves dos Santos, Desenvolvimento Urbano, Universidade Federal de Pernambuco (doutorando)

Graduado em Geografia (2010), Mestre em Desenvolvimento Urbano (2013) e Doutorando em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente é professor de Geografia da rede particular de ensino e pesquisador junto ao grupo de pesquisas Movimentos Sociais e Espaço Urbano (MSEU). Desenvolve pesquisas nas áreas de Planejamento e Gestão Urbanos e Geografia, com ênfase nos temas: Movimentos Sociais, Urbanização e Meio Ambiente.

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Publicado

2014-03-13

Edição

Seção

Movimentos Sociais na Cidade e no Campo