“Os fuzilados da Imbiribeira”: imaginário urbano da cidade do Recife no Século XX
Resumo
Este artigo apresenta algumas reflexões sobre a tríade espaço urbano, memória e identidade, dentro de um pensamento crítico que evidencie a densa articulação dos múltiplos interesses que direcionam se/como as intervenções e resistências históricas irão cintilar no habitat das cidades ou serão impedidas de se projetarem no imaginário deste lugar. De modo específico, referimo-nos à placa de mármore em memória dos militares fuzilados em Pernambuco após suspeita de oposição à ditadura de Floriano Peixoto durante a segunda Revolta da Armada, ocorrida entre 1893 e 1894. Mesmo após o encerramento do governo florianista, verificou-se cautelosa exposição de marcos de constestação contra governos, mesmo que ditatoriais, na República brasileira. Não recebendo “os fuzilados da Imbiribeira” permissão para que fosse atendido o pedido de envio de seus restos mortais para a cidade do Rio de Janeiro, epicentro da referida revolta. Sendo, finalmente, sepultados, em 1901, na igreja Matriz de Nossa Senhora da Paz, no bairro periférico recifense dos Afogados, onde permaneceriam até 1963.
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