Mapas...Por quê? Por quem? Para quem?

Autores

  • Marcela de Avellar Mascarello Universidade Federal do Rio Grande/Observatório dos Conflitos do Extremo Sul do Brasil.
  • Caio Floriano dos Santos Universidade Federal do Rio Grande/Observatório dos Conflitos
  • André Luiz de Oliveira Barbosa

DOI:

https://doi.org/10.51359/2238-8052.2018.235124

Palavras-chave:

cartografia social, mapeamento coletivo, conflitos, resistência, territórios.

Resumo

Este artigo tem como objetivo realizar uma discussão acerca da cartografia e suas tecnologias, bem como da cartografia social e sua evolução através de uma revisão bibliográfica sobre a temática, debatendo sobre os propósitos e objetivos que envolvem a elaboração de um mapa (Por quê? Por quem? Para quem?) e as relações de poder estabelecidas. Os mapas foram historicamente construídos de forma verticalizada com o intuito de legitimar o processo de conquista por parte do Estado (posteriormente por empresas). Isso vem sendo questionado na atualidade e acaba dando lugar a novas formas de abordagem cartográficas, como por exemplo: cartografia social, mapeamentos participativos, dentre outras. A cartografia social se apresenta como um instrumento de luta que busca fortalecer os processos de resistências nos territórios contra os grandes projetos de desenvolvimento que não dialogam com as comunidades. Nesse contexto, observaram-se dois exemplos de Observatórios de Conflitos (Minas Gerais e Extremo Sul do Brasil) que têm realizado mapeamento de conflitos ambientais e assessoramento técnico à movimentos e grupos sociais em suas lutas. Foi possível concluir que os mapas são instrumentos de poder e que de forma contra-hegemônica os mapeamentos participativos possuem grande valor para empoderar as comunidades tradicionais na luta pelos seus territórios.

 

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Publicado

2018-07-31

Edição

Seção

Produção do Espaço: Atores, Instrumentos e Conteúdos