Reforma agrária e processos produtivos no Assentamento Canafístula, Jacuípe, AL

Autores

  • Alessandra Keilla da Silva Engenheira Agrônoma, Mestranda em Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Crisea Cristina Nascimento de Cristo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Murici. https://orcid.org/0000-0001-8538-0994
  • Milena da Silva Medeiros Acadêmica de Psicologia, Universidade Federal de Alagoas.
  • Jakes Halan de Queiroz Costa Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas https://orcid.org/0000-0002-0018-9646
  • Cícero Ferreira de Albuquerque Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas
  • João Manoel da Silva Rede Nordeste de Biotecnologia, Universidade Federal de Alagoas https://orcid.org/0000-0002-7654-5475

DOI:

https://doi.org/10.46802/rmsde.v9i1.245041

Palavras-chave:

Agricultura familiar, assentamentos rurais, Cana-de-açúcar, composição familiar.

Resumo

A agricultura familiar expressa grande relevância para a economia do estado de Alagoas, porém o não acesso a extensão rural, assistência técnica e crédito condicionam os agricultores a reprodução de modelos de produção incompatíveis com suas unidades produtivas. Diante disso, objetivou-se por este trabalho analisar a produção agrícola dos agricultores familiares do assentamento Canafístula, localizado no município de Jacuípe-AL, bem como sua caracterização socioeconômica. Para tento, fez-se uso das abordagens quali e quantitativas, por meio da pesquisa documental e bibliográfica e pela aplicação de entrevistas junto aos núcleos familiares. Por meio dos dados e informações coletados, foi possível verificar que o assentamento tem como forte característica a diversificação produtiva, no entanto é evidenciada forte presença do monocultivo da cana-de-açúcar que traz como reflexo a perda de autonomia das famílias, encarecimento dos custos de produção, o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos, substituição e diminuição de áreas voltadas para culturas destinadas a alimentação das famílias e direcionadas as feiras. Ademais, ainda se observa forte influência do patriarcado, influenciando em certo apagamento da figura feminina, embora esta seja presente também nas tomadas de decisões e como proprietárias dos lotes. Esses dados são importantes para com a contribuição do desenvolvimento agrário da região, pois ainda é comum a reprodução de práticas agrícolas que não fomentam o pleno desenvolvimento dos assentamentos, especialmente no tocante da autonomia e identidade desses ambientes.  

Biografia do Autor

Alessandra Keilla da Silva, Engenheira Agrônoma, Mestranda em Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduada em Agronomia na Universidade Federal de Alagoas, com experiência em Agroecologia, Movimentos Sociais do Campo, Feminismo Camponês e Educação Ambiental. Atuante como membro do Grupo Agroecológico Craibeiras (GAC) desenvolvendo projetos e estrategias de aproximação da universidade com os atores sociais do campo. Atualmente, Mestranda em Desenvolvimento Rural na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Crisea Cristina Nascimento de Cristo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Murici.

Técnica em Agroecologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas - IFAL (2016). Graduanda em Agronomia, Universidade Federal de Alagoas - UFAL. Atualmente, é servidora do Instituto Federal de Alagoas, Campus Murici, atuando como Técnica de Laboratório / Agroecologia. Tem experiência nas área de agroecologia e microbiologia agrícola.

Milena da Silva Medeiros, Acadêmica de Psicologia, Universidade Federal de Alagoas.

Técnica em Agropecuária pelo IFAL Campus Murici. Acadêmica em Psicologia UFAL

Jakes Halan de Queiroz Costa, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas

  • Possui Graduação em Tecnologia Agronômica - Administração Rural pela Universidade Federal de Alagoas (1978), Graduação em Administração pela Universidade Federal de Alagoas (2011), Mestrado em Administração Rural e Comunicação Rural pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1988). Doutorado em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar, da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de Pelotas (2016). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência nas áreas de Ciências Agrárias e Sociais, com ênfase em Cooperação, Cooperativismo, Extensão Rural, Sociologia e Agricultura Familiar, atuando principalmente nos seguintes temas: cooperação, agricultura familiar, extensão rural, pesquisa de opinião, comercialização agrícola, cooperativismo, perfil socioeconômico e desenvolvimento sustentável
https://orcid.org/0000-0002-0018-9646

Cícero Ferreira de Albuquerque, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Alagoas

Professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Centro de Ciências Agrárias. Graduado em História, mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco e doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Membro dos GPs/CNPq: Trabalho e capitalismo contemporâneo e Desenvolvimento sustentável do Semiárido. Membro da Rede de Pesquisadores e do Núcleo de Estudos do Semiárido (PET Nesal). Coordenador do Projeto de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEDET) do Baixo São Francisco e Litoral/Mata Sul e Regiões Lacunares de Alagoas . Desenvolve estudos sobre campesinato, migração e trabalho canavieiro

João Manoel da Silva, Rede Nordeste de Biotecnologia, Universidade Federal de Alagoas

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL (2014), Mestre em Ciências (área de concentração Agricultura e Biodiversidade) pela Universidade Federal de Sergipe - UFS (2016), Doutorando em Biotecnologia Agropecuária (Renorbio - UFAL), atuando nas linhas de pesquisa: Tecnologias sustentáveis, manejo e recuperação de ambientes degradados e Biotecnologia Agropecuária. Com experiência em Fitopatologia/Epidemiologia, Microbiologia e bioquímica do solo, micologia e prospecção de micro-organismos de interesse agropecuário e industrial e Extensão Rural e Cooperativismo.

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Publicado

2020-07-01

Edição

Seção

Artigos