Lançando dados e moedas:Relação de (in)dependência sob a ótica de crianças dos anos iniciais
Palavras-chave:
independência de eventos, probabilidade, crianças, anos iniciais, jogosResumo
A independência de eventos é condição fundamental para a aleatoriedade. A compreensão da aleatoriedade, por sua vez, se configura como uma das quatro exigências cognitivas para a apreensão da probabilidade, além da formação do espaço amostral, da comparação de probabilidades e do entendimento das correlações. Numa sequência aleatória, os eventos que se sucedem não possuem qualquer relação ou influência sobre os ensaios futuros, nem passados, ou seja, cada evento é independente. Todavia, crianças, e também adultos, são influenciados pela natureza da relação que eles julgam existir entre dois ou mais eventos. O presente artigo é um recorte de uma pesquisa que investigou noções probabilísticas de crianças do 1º, 3º e 5º anos, cujos dados foram obtidos a partir de entrevistas clínicas, as quais envolviam dois jogos. Os resultados apontaram que a maioria das crianças utilizou o significado intuitivo da probabilidade e que cometeram o erro de recência positiva ou de recência negativa, vislumbramos que o ensino de probabilidade pode dar-se desde os anos iniciais, a partir da utilização de jogos, considerando noções intuitivas que as crianças já possuem e possibilitando discussões que permitam avanços em seus raciocínios probabilísticos.
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