Comportamento Hidráulico do Aquífero Cárstico Lagoa do Jacaré e sua Relação com o Rio Verde Grande, Norte de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.26848/rbgf.v18.3.p2244-2261Palabras clave:
Hidrogeologia, Aquífero cárstico, poços tubulares, Interconexões HidráulicasResumen
A bacia do rio Verde Grande, assim como outras na região norte de Minas Gerais, passa por episódios de escassez hídrica. No município de São João da Ponte, há um megaempreendimento do setor agropecuário, cujo abastecimento e irrigação é realizado pela explotação de água subterrânea via bateria de poços tubulares. Ainda que o recurso hídrico superficial local seja escasso, a bateria explota o Aquífero Cárstico Lagoa do Jacaré, de grande potencial hídrico. Assim, foi feito um estudo hidrogeológico na área para avaliar a sustentabilidade da explotação no que se refere a potenciais impactos no rio Verde Grande, principal rio da região, e foco de conflitos hídricos. As questões levantadas são: qual o comportamento do aquífero cárstico frente à explotação de água subterrânea? Existe conexão hidráulica local entre o aquífero cárstico e o rio Verde Grande? Para tal, foram avaliados, entre outubro de 2017 e junho de 2019, dados mensais de produção de poços, de monitoramento dos recursos hídricos e de ensaios de bombeamento, entre outros. Os resultados indicam um comportamento resiliente do aquífero cárstico frente à explotação de água subterrânea pela bateria de poços e a ausência de conexão hidráulica direta com o Rio Verde Grande na área, contrariando a hipótese de existência de impacto na disponibilidade hídrica desse rio decorrente de superexplotação localizada de água subterrânea.
Citas
ALVES, M., GALVÃO, P., ARANHA, P. 2021. Karst hydrogeological controls and anthropic effects in urban lake. Journal of Hydrology. Elsevier.593.
ANA, 2018. Marco regulatório da bacia hidrográfica do rio Verde Grande. Agência Nacional de Águas.
CODEMIG & UFMG, 2015. Projeto Fronteira de Minas Gerais. Folha São João da Ponte-Sd.23-Z-C-V. Escala 1:100.000. Romano, W.A.
COOPER JR., H.H., JACOB, C.E., 1946. A generalized graphical method for evaluating formation constants and summarizing well field history. Trans.Am. Geophys. Union.27, 526–534.
CUSTÓDIO. E, LLAMAS M. R., 1983. Hidrologia Subterránea. Ed.Omega. 2ª edición. 2 Volumen. 2345p.
DARDENE, M.A., 1978. Síntese sobre estratigrafia do Grupo Bambuí no Brasil Central. Anais 30ºCBG. SBG, p.597–610.
FEITOSA, F.A.C., MANOEL FILHO, J.R., FEITOSA, E.C., DEMETRIO, J.G.A., 2008. Hidrogeologia: Conceitos e aplicações. 3ªed. CPRM/LABHId, 812p.
FORD, D, WILLIAMS, P. 2007. Karst hydrogeology and Geomorphology. Ed.John Wiley Sons.562p.
GALVÃO P., HALIHAN, T., HIRATA, R., 2015. The Karst Permeability Scale Effect of Sete Lagoas, MG, Brazil. J Hydrol.531:85/15–105.
GALVÃO, P., HIRATA, R., CONICELLI, B., 2018. Estimating groundwater recharge using GIS-based distributed water balance model in an environmental protection area in the city of Sete Lagoas (MG). Brazil. Environmental Earth Sciences. 77(398).
GOLDSCHEIDER, N. DREW, D., 2007. Methods in Karst Hydrogeology. International Contributions to Hydrogeology.
IBGE. 2019. Mapa de Climas do Brasil. Disponível em ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/clima.pdf
IBGE & EMBRAPA, 2001. Solos do Brasil. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/ geociencias/informacoes-ambientais/pedologia/15829-solos.downloads
IGLESIAS M., UHLEIN A., 2009. Estratigrafia do Grupo Bambuí e coberturas fanerozóicas no vale do rio São Francisco. Revista Brasileira Geociências, 39(2): 256-267.
INMET, 2018. Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Disponível em http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=bdmep/bdmep
MDGEO, 2016. Ensaios individuais de bombeamento e recuperação e interferência nos poços e avaliação inicial da vulnerabilidade à contaminação. F.S.T.A.P. Disponível na base de dados de outorga do IGAM.
MDGEO, 2017a. Informações sobre os perfis litológicos - construtivos dos poços tubulares da Fazenda Santa Mônica. Disponível na base de dados de outorga do IGAM.
MDGEO, 2017b. Mapeamento geológico na região da Fazenda Santa Mônica. Disponível na base de dados de outorga do IGAM
MDGEO, 2018. Monitoramento de hidrômetros e horímetros dos poços de bombeamento da Fazenda Santa Mônica. Consolidação dados até dezembro 2018. Disponível na base de dados de outorga do IGAM
MONTEITH, J. L., 1973. Principles of environmental physics. Edward Arnold, London, 241p.
NEDRO, 2020. Levantamento topográfico planialtimétrico – Estações fluviométricas. Fazenda Santa Mônica. Documento privado A.R.G.
ROLIM, G.S & SENTELHAS, P.C. 1998. Balanço Hídrico Normal Thornthwaite & Mather. Planilha Excel BHnorm V4.0.1998. ESALQ/USP. Disponível em https://pt.scribd.com/document/373135767/BHnorm.
ROLIM, G.S & SENTELHAS, P.C. 2002. Balanço Hídrico Sequencial Thornthwaite & Mather. Planilha Excel. BHseq V6.3. ESALQ/USP. Disponível em https://pt.scribd.com/document/282161512/.
SANTOS, T.R.A., 2018 – Classificação climática de Köppen-Geiger. Disponível em:https://www.infoescola.com/geografia/classificacao-climatica-de-koppen-geiger/
SILVA, A. B., 1984. Análise morfoestrutural, hidrogeológica e Hidroquímica no estudo do aquífero cárstico do Jaíba, norte de Minas Gerais. USP.
TAVARES, I.P. 2020. Caracterização hidrológica e das interferências antrópicas da Bacia do córrego Samambaia, região da APA Carste de Lagoa Santa – MG. IGC-UFMG.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Mateus Alfenas De Filippo, Paulo Galvão, Marília Carvalho de Melo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Material protegido por derechos de autor y plagio. En caso de material protegido por derechos de autor reproducido en el manuscrito, la atribución completa debe ser informada en el texto; un documento de respaldo de la autorización debe enviarse al Consejo Editorial como documento complementario. Es responsabilidad de los autores, no de la revista o de los editores y revisores, informar en el artículo la autoría de los textos, datos, figuras, imágenes y / o mapas publicados anteriormente en otros lugares. Si existe alguna sospecha sobre la originalidad del material, el Comité Editorial puede verificar el manuscrito en busca de plagio. En los casos en que se confirme el plagio, el manuscrito será devuelto sin más revisión y sin la posibilidad de volver a enviarlo. El autoplagio (es decir, el uso de frases idénticas de documentos previamente publicados por el mismo autor) tampoco es aceptable.