CRITICAL THEORY IN ACCOUNTING SCIENCES IN BRAZIL

AN INTEGRATIVE REVIEW

Authors

DOI:

https://doi.org/10.34629/ric-ijar/1982-3967.2024.v18.e-024005

Keywords:

critical theory, critical accounting, integrative review, epistemological paradigms

Abstract

This research examines the impact of critical theory on academic production in Accounting Sciences in Brazil from 2003 to 2023, based on an integrative review of journals classified as Qualis CAPES 'A'. The methodology employed was based on the framework proposed by Moher et al. (2015), encompassing the identification, evaluation, analysis, and synthesis of data from the selected publications. The research clarified that critical theory assumes a substantial role in the accounting academy, providing new perspectives for understanding and interpreting accounting phenomena. The results indicate that, although critical theory is frequently employed as an analytical tool, its use as a comprehensive methodological basis still needs to be improved. Research efforts that use critical theory to promote a more contemplative and interdisciplinary interpretation of accounting are particularly noteworthy, challenging the prevailing functionalist paradigm. The practical implications signal the need for greater theoretical-epistemological receptivity in educational curricula and scientific publications aimed at an accounting that reflects socioeconomic realities and actively facilitates social transformation. This research emphasizes the importance of reinforcing the space for critical methodologies, promoting the denaturalization of ideological processes that perpetuate domination and subordination within the accounting domain.

Author Biographies

Milka Kainã de Lacerda Vieira, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Bacharel em Ciências Contábeis, Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina - FACAPE, e-mail: milka.lacerda@ufpe.br.

Luciana da Silva Moraes Sardeiro, Universidade de Brasília (UnB)

Doutora em Ciências Contábeis, Universidade de Brasília - UnB, e-mail: lumoraes.ba@gmail.com.

Josaias Santana dos Santos, Universidade de Brasília (UnB)

Doutorando em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Ciências Contábeis pela Fucape Bussines School (FUCAPE).

João Eudes de Souza Calado, FUCAPE Business School

Mestre em Ciências de Contábeis, FUCAPE Business School – FUCAPE, e-mail: eudes.calado@gmail.com.

References

Adorno, T., & Horkheimer, M. (1985). Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. ALMEIDA, GA Rio de Janeiro: JORGEZAHAR, 1947, 121. 1. ed. [S. l.]: Zahar, 1985. v. 224. ISBN 857110414X.

Alawattage, C., Arjaliès, D. L., Barrett, M., Bernard, J., de Castro Casa Nova, S. P., Cho, C. H., Cooper, C., Denedo, M., D’Astros, C. D., Evans, R., Ejiogu, A., Frieden, L., Ghio, A., McGuigan, N., Luo, Y., Pimentel, E., Powell, L., Pérez, P. A. N., Quattrone, P., … Sorola, M. (2021). Opening accounting: a Manifesto. Accounting Forum, 45(3), 227–246. https://doi.org/10.1080/01559982.2021.1952685

Amaral, A. de S., Santos, A. F. dos, & Oliveira, A. B. S. (2022). Mitologias: Controladoria, Resultado Econômico e Transcendência. Revista De Contabilidade Do Mestrado Em Ciências Contábeis Da UERJ, 27(2), 140–162. https://doi.org/10.12979/rcmccuerj.v27i2.79879

Andrew, J., Cooper, C., Gendron, Y. (2021) Open Letter from the Editors of Critical Perspectives on Accounting. [S. l.], 25 mar. 2021.

Anjos, L. C. M., da Silva, D. J. C., Ribeiro Filho, J. F., & Lopes, J. E. G. (2012). Contabilidade e o Imaginário Popular: Contando Versos na Literatura de Cordel. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 16(3), 31-45. https://doi.org/10.12979/rcmccuerj.v16i3.5420

Arjaliès, D.-L., Gendron, Y., Lehman, C., Navarro Pérez, P. A., de Lima, J. P. R., Casa Nova, S. P. d. C., Stoner, G. and Vera-Colina, M. A. (Eds.) (2021) Breaking Boundaries: (Counter) Accounts During the Pandemic - Letters for Future Generations. University of Western Ontario. ISBN 9780771431630

Batista-dos-Santos, A. C., Alloufa, J. M. D. L., & Nepomuceno, L. H. (2010). Epistemologia e metodologia para as pesquisas críticas em administração: leituras aproximadas de horkheimer e adorno. Revista de Administração de Empresas, 50, 312-324. https://doi.org/10.1590/S0034-75902010000300007

Baxter, J., & Chua, W. F. (2006). 3 Reframing management. Contemporary issues in management accounting, 42.

Bilhim, J., & Gonçalves, A. (2021). Epistemological Approaches and Pluralism in Accounting Research: beyond the dominant paradigm. Ciências e Políticas Públicas / Public Sciences & Policies, 7(1), 77–92. http://dx.doi.org/10.33167/2184-0644.CPP2021.VVIIN1/pp.77-92

Burrell, G., Morgan, G., & Author. (2016). Sociological Paradigms and Organizational Analysis: Elements of the Sociology of Corporate Life. In The British Journal of Sociology (Vol. 32, Issue 3).

Capelari, M. G., Afonso, Y. B. G. D. A., Singer, D. D. C. S., & Goncalves, A. D. O. (2014). Alberto Guerreiro Ramos: Contribuições da redução sociológica para o campo científico da administração pública no brasil. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 15, 98-121. https://doi.org/10.1590/1678-69712014/administracao.v15n6p98-121

Chua, W. F. (1988). Interpretive sociology and management accounting research—a critical review. Accounting, Auditing & Accountability Journal. https://doi.org/10.1108/EUM0000000004624

Clarke, T., Clegg, R.S. & Colado, I.E. (2000). Estudios Organizacionales y Paradigmas Gerenciales: Elementos Esenciales de una Nueva Retórica. Denarius, (01), 121. https://denarius.izt.uam.mx/index.php/denarius/article/view/355

Costa, R. S., & Fonseca, A. C. (2017). A Utilização da Etnografia na Pesquisa em Contabilidade. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 13(1), 40. https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v13i1.14173

Crocco, F. L. T. (2009). Georg Lukács E a Reificação: Teoria Da Constituição Da Realidade Social. Kínesis - Revista de Estudos Dos Pós-Graduandos Em Filosofia, 1(02), 49–63. https://doi.org/10.36311/1984-8900.2009.v1n02.4308

Davel, E., & Alcadipani, R. (2003). Estudos críticos em administração: aprodução científica brasileira nos anos 1990. Revista de Administração de Empresas, 43(4), 72–85. https://doi.org/10.1590/s0034-75902003000400006

De Sousa Santos, B. (2019). O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Autêntica.

Faria, J. H. D. (2009). Teoria crítica em estudos organizacionais no Brasil: o estado da arte. Cadernos EBAPE. br, 7, 509-515. https://doi.org/10.1590/S1679-39512009000300009

Fleck, A. (2017). Afinal de contas, o que é teoria crítica? Princípios: Revista de Filosofia, 24(44), 97-127. https://doi.org/10.21680/1983-2109.2017v24n44ID12083

Fonseca, J., Matitz, R., & Chaerki, J. (2022). A diversidade humana em estudos de gestão e estratégia: Um estudo bibliométrico. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 24(3), 123-145. https://doi.org/10.7819/rbgn.v24i3.4190

Freyenhagen, F. (2017). Critical Theory's Philosophy.Cambridge Companion to Philosophical Method, ed. by Giuseppina D'Oro and Søren Overgaard. Cambridge: Cambridge University Press, Ch. 18.

Gomes, L. R. (2012). Teoria crítica e educação política em Theodor Adorno. Revista HISTEDBR On-Line, 10(39), 286. https://doi.org/10.20396/rho.v10i39.8639731

Gonçalves, A. O., Bilhim, J. A. F., De Rezende, R. B., & Gonçalves, R. S. (2021). Accountability and social control: How the process works [Prestação de contas e controle social: Como o processo funciona]. Revista de Contabilidade e Organizacoes, 15(61). https://doi.org/10.11606/issn.1982-6486.rco.2021.166382

Goya, W. (2013). O valor espiritual da razão, segundo Erich Fromm. Revista On-line IPOG Especialize, Goiânia, n. 5

Habermas, J. Direito e Democracia: Entre facticidade e validade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. 177 p. v. 1.

Hassard, J. (1996). Positivism, Paradigms and Postmodernity. In: SOCIOLOGY and Organization Theory. Cambridge: Cambridge University Press, cap. 3 - From functionalism to fragmentation, p. 49-75.

Homero Junior, P. F. (2021). Reflexões sobre a prática da pesquisa crítica em contabilidade no Brasil: uma nota autobiográfica. REPeC - Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, Brasilia, v. 15, n. 2, p. 225-242, Junho 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.17524/repec.v15i2.2823.

Homero Junior. (2023). Para Que(m) Serve a Pesquisa Contábil? Uma Análise Crítica do Discurso do Primeiro Fórum Acadêmico-Profissional da ANPCONT. Sociedade Contabilidade E Gestão, 17(3), 1–20. https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v0i0.53861

Honneth, A. (1980). Luta por Reconhecimento: A Gramática Moral dos Conflitos Sociais. 1. ed. São P aulo: 34, 2003. 147 p. Benjamin, Walter; Horkheimer, Max; Adorno, Theodor W.; Habermas, Jurgen. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultura, 49 p.

Honneth, A. (2009). Luta por reconhecimento: A Gramática Moral dos Conflitos Sociais. Tradução de Luiz Repa. 296 p. 2. ed. ISBN 978-85-7326-281-0 2003.

Hopper, T., & Powell, A. (1985). Making Sense of Research Into the Organizational and Social Aspects of Management Accounting: a Review of Its Underlying Assumptions [1]. Journal of Management Studies, 22(5), 429–465. https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.1985.tb00007.x

Iudícibus, S., Ribeiro Filho, J. F., Lopes, J. E. G., & Pederneiras, M. M. M. (2011). Uma reflexão sobre a contabilidade: caminhando por trilhas da “Teoria tradicional e Teoria crítica”. BASE - Revista de Administração e Contabilidade da UNISINOS, 8(4), 274-285. http://dx.doi.org/10.4013/base.2011.84.01

Kuhn, T. (2020). The structure of scientific revolutions. In Knowledge and Postmodernism in Historical Perspective: Vol. II (Issue 2). https://doi.org/10.5840/philstudies196413082

Laughlin, R. (2007). Critical reflections on research approaches, accounting regulation and the regulation of accounting. British Accounting Review, 39(4), 271–289. https://doi.org/10.1016/j.bar.2007.08.004

Lukka, K., & Vinnari, E. (2014). Domain theory and method theory in management accounting research. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 27(8), 1308-1338. https://doi.org/10.1108/AAAJ-03-2013-1265

Major, M. J. (2017). Editorial: Positivism and “alternative” accounting research. Revista Contabilidade e Financas, 28(74), 173–178. https://doi.org/10.1590/1808-057x201790190

Marcondes, D., Japiassú, H. (2001). Dicionário Básico da Filosofia. 3. ed. [S. l.]: Zahar.

Marx, K. (2011). O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo. In: MARX, Karl. O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo. 2º. ed. [S. l.]: Bom tempo. cap. Capítulo I, p. 121-128. ISBN ISBN-10.

Moher, D., Shamseer, L., Clarke, M., Ghersi, D., Liberati, A., Petticrew, M., Shekelle, P., & Stewart, L., PRISMA-P Group. (2015). Preferred reporting items for systematic review and meta-analysis…Systematic Review, 4(1). https://doi.org/10.1186/2046-4053-4-1

Moizer, P. (2009). Publishing in accounting journals: A fair game? Accounting, Organizations and Society, 34(2), 285–304. https://doi.org/10.1016/j.aos.2008.08.003

Morales, J., Sponem , S. (2017). You too can have a critical perspective!: 25 years of Critical Perspectives on Accounting. Critical Perspectives on Accounting, [s. l.], v. 43, p. 149-166. http://dx.doi.org/10.1016/j.cpa.2016.09.003

Morgan, G. (2005). Paradigmas, Metáforas E Resolução De Quebra-Cabeças Na Teoria Das Organizações. Revista de Adminsitração de Empresas, [s. l.], v. 45, n. 1, p. 58-71. Disponível em: https://hml-bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/37103

Mozzato, A. R., & Grzybovski, D. (2013). Abordagem crítica nos estudos organizacionais: concepção de indivíduo sob a perspectiva emancipatória. Cadernos EBAPE.BR, 11(4), 503–519. https://doi.org/10.1590/s1679-39512013000400003

Nascimento, A. R. do, Junqueira, E., & Martins, G. de A. (2010). Pesquisa acadêmica em contabilidade gerencial no Brasil: análise e reflexões sobre teorias, metodologias e paradigmas. Revista de Administração Contemporânea, 14(6), 1113–1133. https://doi.org/10.1590/s1415-65552010000700008

Nobre, M. (2004). A Teoria Crítica: Filosofia Passo a Passo 47. Brasil: Zahar, 69 p.

Paes de Paula, A. P. (2016). Para além dos paradigmas nos Estudos Organizacionais: o Círculo das Matrizes Epistêmicas. Cadernos EBAPE.BR, 14(1), 24 a 46. Recuperado de https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/article/view/31419

Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: An updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ.372

Pavão, J. B., & Silva, D. V. D. (2014). Filosofia do Direito: da filosofia à jusfilosofia. Goiânia: Editora PUC Goiás

Power, M., & Laughlin, R. (1992). Critical theory and accounting. Critical management studies, 21(5), 441-465.

Ramos, A. G. (1981). A Nova ciencia das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.

Roslender, R. (2018). Critical theory in accounting research. In Methodological Issues in Accounting Research: Theories and Methods. Spiramus. Recuperado de: https://vbn.aau.dk/en/publications/critical-theory-in-accounting-research

Ryan, B., Scapens, R. W., Theobald, M. (2002). Research Methods and Methodology in Finance and Accounting. 2. ed. [S. l.]: Cengage Learning Emea, 243 p. ISBN 978-1861528810.

Santos, R. B. dos, & Rezende, A. J. (2019). Os paradigmas e construtos em contabilidade tributária: Tendências e oportunidades de pesquisa. Revista De Contabilidade Da UFBA, 13(2), 39–61. https://doi.org/10.9771/rc-ufba.v13i2.28618

Sardeiro, L. D. S. M., & Bilhim, J. A. de Faria (2021). Normatização Contábil dos Riscos Climáticos: um ensaio sobre a atuação no interesse público do IASB. Brazilian Journal of Development, 7(5), 45050-45078. https://doi.org/10.34117/bjdv.v7i5.29358

Sauerbronn, F. F., & Lourenço, R. L. (2016). Revistando possibilidades epistemológicas em contabilidade gerencial: em busca de contribuições de abordagens interpretativas e críticas no Brasil. Revista Contemporânea de Contabilidade, 13(28), 99-122. https://doi.org/10.5007/2175-8069.2016v13n28p99

Sauerbronn, F. F., Homero Junior, P., Castañeda de Araujo, M., Medeiros de Carvalho, T. F., & Resende de Lima, J. P. (2023). Pesquisa crítica em contabilidade: um campo de possibilidades. Revista Mineira De Contabilidade, 24(3), 4–11. https://doi.org/10.51320/rmc.v24i3.1579

Scherer, A. G. (2008). Critical theory and its contribution to critical management studies.

Souza, M. T. , Silva, M. D. , & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. einstein (São Paulo), 8(1), 102-106. https://doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134

Theóphilo, C. R. (1998). Algumas reflexões sobre pesquisas empírica em contabilidade. Caderno de Estudos, 19, 01–08. https://doi.org/10.1590/s1413-92511998000300001

Tinker, T. (1985). Paper prophets: A social critique of accounting. Greenwood.

Trovo, M. C. (2009). Teoria Crítica E Luta Por Reconhecimento: Axel Honneth Em Pauta Critical Theory and the Struggle for Recognition: Assigning Axel Honneth. 9–26. Recuperado de: https://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/5255

Vecchia, L. A. D., Mazzioni, S., Poli, O. L., Moura, G. D. (2018). Sociedade, Contabilidade e Gestão, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3. http://dx.doi.org/10.21446/scg_ufrj.v13i3.20033

Whittemore, R., & Knafl, K. (2005). The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing,52(5), 546-553. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x

Published

2024-10-27

Issue

Section

CHAMADA ESPECIAL: “Incentivo à iniciação científica: disseminando os trabalhos de conclusão de curso das Universidades"