Aspectos do romance brasileiro ao redor de 1970: o “giro schopenhaueriano”

Autores

  • Pedro Dolabela Chagas Universidade Federal do Paraná
  • Suelen Ariane Campiolo Trevizan Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.51359/1982-6850.2017.229443

Palavras-chave:

romance brasileiro, Schopenhauer, autonomia estética.

Resumo

A partir da observação de Thomas Pavel de que uma vertente do romance europeu da segunda metade do século XIX teria se oposto ao idealismo moral de Marx e Comte, aproximando-se do pessimismo de Schopenhauer, encontramos um paralelo na história do romance brasileiro entre as décadas de 1960 e 1980, aquilo que nomeamos “giro schopenhaueriano”. Este artigo explicita características do “giro”, a partir da análise de romances de Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu, Lygia Fagundes Telles, Hilda Hilst e João Gilberto Noll, e faz uma tentativa de explicação desse fenômeno com base no contexto sócio-histórico do país, relacionando a figura do escritor mais autônomo em suas escolhas éticas e estéticas com a dissolução da ideia de literatura nacional e a fragilização da crença na utopia política durante o período examinado.

Biografia do Autor

Pedro Dolabela Chagas, Universidade Federal do Paraná

Professor Adjunto de Literatura Brasileira e Teoria Literária da Universidade Federal do Paraná

Suelen Ariane Campiolo Trevizan, Universidade Federal do Paraná

Mestre em estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná

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Publicado

2017-10-03

Edição

Seção

Estudos do Romance