Indicadores das mudanças da comunidade fitoplanctônica associados com a dragagem no estuário do rio Beberibe (Brasil)

Autor/innen

  • Gislayne Cristina Palmeira Borges Universidade Federal de Pernambuco
  • Maria da Glória Gonçalves da Silva Cunha Universidade Federal de Pernambuco
  • Enide Eskinazi Leça Universidade Federal de Pernambuco
  • Leandro Cabanez Ferreira Universidade Federal de Pernambuco
  • Eveline Pinheiro de Aquino Universidade Federal de Pernambuco
  • Antonio de Castro Santos Junior Universidade Federal de Pernambuco
  • Marilene Felipe Santiago Universidade Federal de Pernambuco
  • Marcella Guennes Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5914/tropocean.v44i1.8024

Schlagworte:

Planktothrix agardhii, Bellerochea malleus, species richness, phytoplankton

Abstract

O presente trabalho teve como objetivo investigar o fitoplâncton como indicador de alterações na qualidade da água antes (2011) e durante (2012) e depois (2012) de dragagem, abrangendo uma variação interanual no estuário do rio Beberibe (Brasil). Foram examinadas as variáveis abióticas (temperatura, transparência, OD, salinidade e DBO5), clorofila a e composição do fitoplâncton. A maioria das espécies foi planctônica marinha e apesar da dragagem, não ocorreu um aumento das espécies ticoplanctônicas. Foram dominantes a cianobacteria Planktothrix agardhii (período chuvoso) e a diatomácea Bellerochea malleus (período de estiagem). A riqueza e a diversidade das espécies foram semelhantes antes e durante o período de dragagem, evidenciando que o período de dragagem não causou modificações significativas, porém, ocorreu um aumento progressivo das diatomáceas planctônicas, principalmente depois da dragagem. O curto período da dragagem não foi suficiente para causar modificações na comunidade fitoplanctônica no estuário do rio Beberibe.

Literaturhinweise

APHA. Standard methods for the examination of water and wastewater, 16th edition. American Public Health Association, Washington DC, 1985.

ARAGÃO, J. O. R. A influência dos oceanos Pacífico e Atlântico na dinâmica do tempo e do clima do Nordeste do Brasil, In: Oceanografia: um cenário tropical. Eds. Eskinazi-Leça et al., p. 145-160, 2004.

BALECH, E. Los dinoflagelados del Atlantic Sudoccidental. Madrid: Ministério de Agricultura Pesca y Alimentacion. (Publicaciones Especiales Instituto Español de Oceanografia, n. 1), 1988.

BÉRARD-THERRIAULT, L.; POULIN, M.; BOSSÉ, L. Guide d’identification du phytoplankton marin de l’estuaire et du golfe du Saint-Laurent incluant également certains protozoaires. Publication special canadienne des sciences halleutiques et aquatiques, 1999. 128p.

CABRITA, M. T. Phytoplankton community indicators of changes associated with dredging in the Tagus estuary (Portugal). Environmental Pollution, v. 191, p. 17-24, 2014.

CARR, J. M.; HERGENRADER, G. L.; TROELSTRUP, N. H. A simple inexpensive method for cleaning diatoms. Transanctions of American Microsccopical Society, v. 105, p. 152-157, 1986.

CHRETIÉNNOT-DINNET, M. J.; BILARD, C.; SOURNIA, A. Chlorarachniophycées, Chlorophycées, Chrysophycées, Cryptophycées, Euglénophycées, Eustigmatophycées, Prasinophycées, Prymnesiophycées, Rhodophycées et Tribophycées. Paris, Editions du Centre National Recherche Scientifique. (Atlas du phytoplankton marin 3), 1990.

CONDEPE. Perfil fisiográfico das bacias hidrográficas de Pernambuco. Recife: CONDEPE, 1980. 275 p.

CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente (PE). Relatório de Impacto Ambiental – Projeto de Navegabilidade dos rios Capibaribe e Beberibe. 2012. Disponível em: <http://www.cprh.pe.gov.br/downloads/RIMA-Navegabilidade-Capibaribe Beberibe.pdf> Acesso em 17 de agosto de 2015.

CUPP, E. D. Marine plankton diatoms of the west coast of North America. Bulletin of the Institution of Oceanography, v. 6, p. 1-237, 1943.

EWA-OBOHO, I.; OLADIMEJI, O.; ASUQUO, F. E. Effect of dredging on benthic-pelagic production in the mouth of Cross River Estuary (off the Gulf of Guinea), S. E. Nigeria. Indian Journal of Marine Sciences, v. 37, n. 3, p. 291-297, 2008.

FERREIRA, A. N.; BERETTA, M.; MAFALDA JÚNIOR, P. O. Avaliação do impacto da dragagem sobre associação fitoplanctônica do Porto de Aratu, Baía de Todos os Santos, Bahia. Arquivos de Ciências do Mar, v. 45, n. 1, p. 30-46, 2012.

FORTE NETO, J. B.; BERETTA, M.; FERREIRA, A. N.; SOUZA, C. S.; MAFALDA JÚNIOR, P. O. A variabilidade da biomassa planctônica sob influência da sazonalidade e da dragagem do Porto de Aratu, Baía de Todos os Santos, Brasil. Tropical Oceanography, v. 42, n. 2, p. 230-242, 2014.

GANG, L.; QIANG, L.; JUNDA, L.; XINGYU, S.; YEHUI, T.; LIANGMIN, H. Environmental gradients regulate the spatial variations of phytoplankton biomass and community structure in surface water of the Pearl River estuary. Acta Ecologica Sinica, v. 34, p. 129-133, 2014.

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Secretaria das cidades. Gestão integrada da bacia hidrográfica do rio Beberibe/Pernambuco. Recife: Governo do Estado, 2008. 8 p. Disponível em: <http://www.portais.pe.gov.br/c/portal/layout?p_l_id=PUB.1381.44>. Acesso em 15 de outubro de 2010.

GREGO, C. K. S.; FEITOSA, F. A. N.; HONORATO DA SILVA, M.; FLORES MONTES, M. J. Distribuição espacial e sazonal da clorofila a fitoplanctônica e hidrologia do estuário do rio Timbó (Paulista – PE). Tropical Oceanography, v. 32, n. 2, p. 181-199, 2004.

GUIRY, M. D.; GUIRY, G. M. AlgaeBase. World-wide electronic publication, National University of Ireland, Galway. Disponível em: http://www.algaebase.org Acesso em 17 de agosto de 2015.

HONORATO DA SILVA, M.; SILVA CUNHA, M. G. G.; PASSAVANTE, J. Z. O.; GREGO, C. K. S.; MUNIZ, K. Estrutura sazonal e espacial do microfitoplâncton no estuário tropical do rio Formoso, PE, Brasil. Acta Botanica Brasílica, v. 23, n. 2, p. 355-368, 2009.

HOPPENRATH, M.; ELBRÄCHTER, M.; DREBES, G. Marine phytoplankton – Selected microphytoplankton species from the North Sea around Helgoland and Sylt. Kleine Senckeberg-Reihe, 2009. 49p.

HUSTEDT, F. Die Kieselalgen Deutschlands, Österreichs und der Schweiz unter Berücksichtigung der übrigen Länder Europas sowie der angrenzenden Meeresgebiete. Leipzig: Akademische verlagsgesellschaft (Kriptogamen-Flora von Deutschlands, Österreichs und der Schweiz, v. 7, pt. 1), 1930.

HUSTEDT, F. Die Kieselalgen Deutschlands, Österreichs und der Schweiz unter Berücksichtigung der übrigen Länder Europas sowie der angrenzenden Meeresgebiete. Leipzig: Akademische Verlagsgesellschaft Geesr & Portig K-G. (L. Rabenhorst, Kryptogamen-Flora von Deutschland, Österreich und der Schweiz, v. 7, pt. 2, n. 1-6), 1959.

HUSTEDT, F. Die Kieselalgen Deutschlands, Österreichs und der Schweiz unter Berücksichtigung der übrigen Länder Europas sowie der angrenzenden Meeresgebiete. Leipzig: Akademische Verlagsgesellschaft Geesr & Portig K-G. (L. Rabenhorst, Kryptogamen-Flora von Deutschland, Österreich und der Schweiz, v. 7, pt. 3, n. 1-4), 1961-1966.

LICURSI, M.; GÓMEZ, N. Effects of dredging on benthic diatom assemblages in a lowland stream. Journal of Environmental Management, v. 90, p. 973-982, 2009.

LOBO, E.; LEIGHTON, G. Estruturas comunitarias de las fitocenosis planctonicas de los sistemas de desembocaduras de rios y esteros de la zona central de Chile. Revista Biologia Marina, v. 22, p. 1-29, 1986.

MELO, M. A. F., KOENING, M. L., SOUTO, J., TRAVASSOS, R. K., SILVA, A. C. Microfitoplâncton de águas costeiras adjacentes ao Porto do Recife (PE-Brasil). Tropical Oceanography, v.42, p. 80-94, 2014.

MOSER, G. A. O.; CIOTTI, A. M.; GIANNINI, M. F. C.; TONINI, R. T.; HARARI, J. Changes in phytoplankton composition in response to tides, wind-induced mixing conditions, and freshwater outflows in an urbanized estuarine complex. Brazilian Journal of Biology, v. 72, n. 1, p. 97-11, 2012.

MUYLAERT, K.; SABBE, K.; VYVERMAN, W. Changes in phytoplankton diversity and community composition along the salinity gradient of the Schelde estuary (Belgium/The Netherlands). Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 82, p. 335-340, 2009.

NAYAR, S.; GOH, B. P. L.; CHOUA, L. M. Environmental impact of heavy metals from dredged and resuspended sediments on phytoplankton and bacteria assessed in situ mesocosms. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 59, p. 349-369, 2004.

NEWELL, G. H.; NEWELL, R. Marine Plankton: a practical guide. London, Hutchinson Educat. 1963.

OLIVEIRA, T. S.; BARCELLOS, R. L.; SCHETTINI, C. A. F.; CAMARGO, P. B. Processo sedimentar atual e distribuição da matéria orgânica em um complexo estuarino tropical, Recife, PE, Brasil. Revista de Gestão Costeira Integrada, v. 14, n. 3, p. 399-411, 2014.

PIELOU, E. C. Mathematical ecology. New York: Wiley, 1967.

RIBEIRO, C. H. A., ARAÚJO, M. Mathematical modelling as a management tool for water quality control of the tropical Beberibe estuary, NE Brazil. Hydrobiologia, v. 475/476, p. 229–237, 2002.

SHANNON, L. E. A mathematical theory of communication. The Bell System Technical Journal, v. 27, p. 379-423, 1948.

SILVA CUNHA, M. G. G.; ESKINAZI-LEÇA, E. Catálogo das diatomáceas (Bacillariophyceae) da plataforma continental de Pernambuco. Recife, SUDENE-DPG/PRN/RPE, UFPE- Departamento de Oceanografia, 1990.

SOURNIA, A. Atlas du phytoplancton marine: introduction, Cyanophycées, Dictyochophycées, Dinophycées et Raphidophycées. Paris: Centre National de la Recherche Scientifique, 1986. 220 p.

SOURNIA, A. Le genre Ceratium (Peridinien Planctonique) dans le canal Mozambique: contribution a unde révision mondiale. Biologie Marine, n. 2/3, p. 375-499, 1967.

STRICKLAND, J. D. H., PARSONS, T. R. A practical handbook of seawater analysis. Bulletin Fisheries Research Board of Canada, v. 167, p.1 – 205, 1972.

UNESCO. Determination of photosynthetic pigments in sea waters. Report of SCOR/UNESCO working group 17 with meat from 4 to 6 June 1964, Paris: s.n., (Monographys on Oceanology Methodology). 1966. 69 p.

Veröffentlicht

2016-11-30