Fitoplâncton como ferramenta de gestão ambiental na praia de Brasília Teimosa, Pernambuco, nordeste do Brasil.

Auteurs-es

  • Leandro Cabanez Ferreira Universidade Federal de Pernambuco
  • Maria da G. G. da Silva Cunha Universidade Federal de Pernambuco
  • Alessandra Lee B. Firmo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE)
  • Gislayne Cristina Palmeira Borges Universidade Federal de Pernambuco
  • Jucicleide Cabral de Lima Universidade Federal de Pernambuco
  • Emersom de Paula Lima Universidade Federal de Pernambuco
  • Nayana Burque Antão da Silva Universidade Federal de Pernambuco

DOI :

https://doi.org/10.5914/tropocean.v41i1-2.5567

Mots-clés :

Bioindicadores, Clorofila a, Florescimentos, Diatomáceas.

Résumé

O objetivo deste trabalho foi avaliar os parâmetros ambientais, biomassa, comunidade fitoplanctônica e espécies bioindicadoras, como ferramenta de gestão ambiental na praia Brasília Teimosa, Pernambuco (8º04’S; 34º52’W). Parâmetros abióticos (precipitação, temperatura da água, salinidade, material em suspensão, teor e taxa de saturação do oxigênio, nitrito, nitrato, fosfato e silicato) foram obtidos simultaneamente às coletas de fitoplâncton (garrafa e rede) no período chuvoso (maio; junho e julho/2005) e de estiagem (novembro e dezembro/2005; janeiro/2006). Com exceção dos valores de nitrato (maiores no período chuvoso), os demais parâmetros estiveram dentro dos padrões recomendados. Foram identificados 84 taxa, com maior representatividade das diatomáceas em abundância e frequência, Asterionellopsis glacialis, Chaetoceros lorenzianus, Cylindrotheca closterium, Helicotheca tamesis, Licmophora abbreviata e Skeletonema costatum. Altos níveis de nitrato, clorofila a, número de células por litro e espécies bioindicadores de eutrofização (Oscillatoria sp., Scenedesmus sp., Euglena sp., Synedra sp., Pleurosigma sp., Pseudo-nitzschia sp. e Skeletonema costatum) corroboraram a influência das atividades humanas na área, evidenciando um possível comprometimento da sanidade ambiental relacionado ao período de estiagem (período de maior exploração turística-recreativa).

Références

ARAGÃO, J.O.R. A influência dos oceanos Pacífico e Atlântico na dinâmica do tempo e do clima do Nordeste do Brasil. In: ESKINAZI-LEÇA, E.; NEUMANN-LEITÃO, S.; COSTA, M.F. (Orgs.). Oceanografia: Um cenário tropical. Recife: Bagaço, 2004. p. 287-317.

BRANCO, Â.C. Obras em Brasília Teimosa continuam. Jornal Gazeta Mercantil. São Paulo, 2004. Cadernos Regionais.

COUTINHO, P.N.; LIMA, A.T.O.; QUEIROZ, C.M.; FREIRE, G.S.S.; ALMEIDA, L.E.S.B.; MAIA, L.P.; MANSO, V.A.V.; BORBA, A.L.S.; MARTINS, M.H.A.; DUARTE, R.X. Estudos da erosão marinha nas praias de Piedade e de Candeias e no estuário de Barras das Jangadas. Relatório técnico, 1997.

ESKINAZI-LEÇA E.; SILVA-CUNHA, M.G.G.; KOENING, M.L.; MACEDO, S.J.; COSTA, K.M.P. (1997). Variação espacial e temporal do fitoplâncton na Plataforma Continental de Pernambuco – Brasil. Trabalhos Oceanográficos da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, v.25, p. 1-16, 1997. Disponível em: <http://www.revista.ufpe.br/tropicaloceanography/volumes/volume_40_2_2012.htm>. Acesso em: 20 de julho de 2013.

FERRARIO, M.; SAR, E.; SALA, S. Metodología básica para el estudio del fitoplancton con especial referencia a las diatomáceas. In: ALVEAR, K.; FERRARIO, M.; OLIVEIRA-FILHO, E.C.; SAR, E. (Eds.). Manual de métodos ficológicos. Chile: Universidad de Concepción, 1995, p.1-24.

FRAGA, F. (1972). El água marina. In: CASTELLI, J. Ecologia marina. Caracas: Fundación La Salle de Ciencias Naturales, 1972. p. 67-99.

GARIBOTTI, I.A.; VERNET, M.; SMITH, R.S.; FERRARIO, M. E. Interannual variability in the distribution of the phytoplankton standing stock across the seasonal sea-ice zone west of the Antarctic Peninsula. Journal of Plankton Research, v.27, n.8, 2005p.825-843.

GRASSHOFF, K.; EHRARDT, M.; KREMELING, K. (1983). Methods of sea water analysis. 2 ed. New York: Verlag Chemie, 1983. 317p.

HASLE, G.R. The inverted-microscope methods. In: Sournia, A. (Ed.). Phytoplankton manual. Paris: UNESCO, 1978. p. 88-96.

KUDELA, R.M.; DUGDALE, R.C. Nutrient regulation of phytoplankton productivity in Monterey Bay, California. Deep-Sea Research, v.47, p.1023-1053, 2000.

LOBO, E.; LEIGHTON, G. Estructuras comunitarias de las fitocenosia planctónicas de los sistemas de desembocaduras de ríos y esteros de la zona central de Chile. Revista Biología Marina, v.22, p.1-29, 1986.

MARGALEF, R. (1991). Ecologia. 7 ed. Barcelona: Omega, 1991, 951p.

MARGALEF, R. Les types biologiques de phytoplankton consideres comme des alternatives de survie dans um millieu instable. Ocoeanologia Acta, v.1, n.4, 1978. p.493-509.

MELO, U.; SUMMERHAYES, C.P.; TONER, L.G.. Metodologia para o estudo do material em suspensão na água do mar. Boletim Técnico da Petrobrás, Rio de Janeiro, v.18, n.3/4, 1975, p.115.

NEWELL, G.H.; NEWELL, R. Marine plankton: a practical guide. London: Hutchinson Educat, 1963. 221p.

NUNES, F.S.; PORTO NETO, F.F.; NEUMANN-LEITÃO, S. (2005). Condições Ambientais na Orla de Brasília Teimosa, Recife – Pernambuco: Re-Urbanização e sua Influência nos Recifes Costeiros. In: Anais... II Congresso Brasileiro de Oceanografia, Vitória, 2005.

ODEBRECHT, C.; GARCIA, V.M.T. (1998). Fitoplâncton. In: SEELIGER, U.; ODEBRECHT, C.; CASTELLO, J.P. Os ecossistemas costeiro marinho do extremo sul do Brasil. Rio Grande: Ecoscientia, 1998. p.117-121.

PAIVA, R.S.; ESKINAZI-LEÇA, E. (1990). Variação da densidade (células/litro) do fitoplâncton da baía do Guajará (Pará-Brasil). In: Anais... Encontro Brasileiro de Plâncton 4, p. 123-138, 1990. Recife.

PEREIRA, L.C.C.; JIMÉNEZ, J.A.; KOENING, M.L.; PORTO-NETO, F.F.; MEDEIROS, C.; COSTA, R.M. Effect of Coastline Properties and Wastewater on Plankton Composition and Distribution in a Stressed Environment on the North Coast of Olinda-PE (Brazil). Brazilian Archives of Biology and Technology, v.48, n.6, 2005, p.1013-1026.

PERISSINOTTO, R.; NOZAIS, C.; KIBIRIGE, I. Spatio-temporal dynamics of phytoplankton and microphytobenthos in a South African temporally-open estuary. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v.55, 2002, p.47-58.

PHLIPS, J.E.; BADYLAK, S.; GRASSKOFF. Factors Affecting the Abundance of Phytoplankton in a Restricted Subtropical Lagoon, the Indian River Lagon. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v.55, 2002, p.385-402.

QUEIROZ, J. Indicadores biológicos para avaliar a água. AGRO C & T, ano 1, n.3, 2002.

RABELO, E. Brasília Teimosa. Edição Extra, Recife, ano 1, n.2, 1968, p.10.

ROLLNIC, M.; MEDEIROS, C. Circulation of the Coastal Waters off Boa Viagem, Piedade and Candeias Beaches-PE, Brazil. Journal of Coastal Research, n.39, 2006. p.648 - 650.

RÖRIG, L.R.; GARCIA, V.M.T. Accumulations of the surf-zone diatom Asterionellopsis glacialis (CASTRACANE) ROUND in Cassino Beach, Southern Brazil, and its Relationship with Environmental Factors. Journal of Coastal Research, n.35, 2003, p.167-177.

RÖRIG, L.R; ALMEIDA, T.C.M.; GARCIA, V.M.T. Structure and succession of the surf-zone phytoplankton in casino beach, southern Brazil. Journal of Coastal Research, n.39, 2006, p.1246-1250.

SHANNON, L.E. A mathematical theory of communication. Bulletin of System Technology Journal, v.27, 1948. p.379-423.

STRICKLAND, J.D.H.; PARSONS, T.R. A practical handbook of seawater analysis. Bulletin Fisheries Research board of Canada, v.167, 1972. p.1-205.

UNESCO. International Oceanographic Table. Wormly: Optichrome, v. 2, 1973. 141p.

UTERMÖHL, H. Zur vervollkommnung der quantitativen Phytoplankton Methodik. Mitteilung Internationale Vereinigung für Theoretische Angewandte Limnologie, v.9, 1958. p.68-72.

VIDEAU, C.; RYCAERT, M.; L’HELGUEN, S. Phytoplankton em baie de Seine. Influence du panache fluvial sur la production primaire. Oceanologia Acta, Paris, v.21, n.6, 1998. p.907-921.

Téléchargements

Publié-e

2013-06-30