Produtividade Fitoplanctônica em um estuário impactado do litoral norte de Pernambuco - rio Timbó (Paulista).
DOI:
https://doi.org/10.5914/tropocean.v44i1.8029Parole chiave:
Fitoplâncton, clorofila a, 14C, nutrientes dissolvidos, zona estuarinaAbstract
O estuário do rio Timbó situa-se no litoral norte de Pernambuco, em uma área com intensa atividade pesqueira e forte pressão antrópica, em virtude principalmen-te de lançamento de eflu-entes domésticos, industriais e atividade turística. Este artigo trata de uma análise sobre as condições ambientais do estuário, levando em consideração a distribuição espacial e temporal da produtividade fitoplanctônica, da clorofila a e algumas variáveis hidrológicas. As amostras de água foram coletadas com garrafa de kitahara durante o período de estiagem (out, nov, dez/2002) e chuvoso (maio, jun, jul/2003) na baixa-mar e preamar, em três pontos fixos (E1, E2, E3) desde a jusante até a montante do estuário. De acordo com os resultados a taxa de saturação do oxigênio dissolvido, variou desde zona semipoluída a supersaturada; os sais nutrientes apresentaram-se mais elevados durante o período chuvoso, na baixa-mar e na porção mais a montante, o regime salino variou de mesoalino a eualino, a clorofila a do fitoplâncton variou de 2,43 a 160,39mg.m-3, apresentando um gra-diente decrescente no sentido da jusante. A produtividade fitoplanctônica oscilou entre 20,57 mgC.m-3.h-1 a 1.746,82 mgC.m-3.h-1, acompanhan-do o mesmo padrão da biomassa (clororila a). A taxa de assimilação variou de zona oligotrófica (1,14) a eutrófica (47,5). Baseado na ACP a produção e biomassa fitoplanctônica correlacionou de forma direta com o material em suspensão e nutrientes e inversa com a transparência da agua, salinidade e maré. Levando-se em conta os parâmetros, oxigênio, nutrientes, biomassa e produção fitoplanctônica, pode-se concluir uma forte ação antrópica sobre o ambiente, que vem aumentando com o passar dos anos e ocupação urbana.Riferimenti bibliografici
BASTOS, R. B. Variação espaço-temporal da biomassa fitoplanctônica relacionada com parâmetros abióticos no estuário do rio Una (Pernambuco – Brasil). Recife, PE: 2002. 56f. Monografia (Graduação em Biologia) - Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco, 2002.
BRANCO, E. S. Influência das variáveis ambientais na comunidade fitoplanctônica estuarina. Recife, Editora Universitária, 2008. 266p.
CPRH - COMPANHIA PERNAMBUCANA DO MEIO AMBIENTE. Diagnóstico Socioambiental do Litoral Norte. Recife, 2001. 254p.
CPRH – AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE.Recursos Hídricos Superficiais. 2003. Disponível em: http:// www.cprh.com.br/, acessado em 14 de novembro de 2015.
CONAMA 1986. Resolução N°20 , de 18/06/1986. Brasília, Conselho Nacional do Meio Ambiente, 92p. 1986
COSTA, K. M. P., MACEDO, S. J. Estudo Hidrológico do Rio Timbó. Trabalhos Oceanográficos da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, v. 20, p. 7-34, 1987/89.
EDWARDS, V. R.; TETT, P.; JONES K. J. Changes in the yield of chlorophyll a from dissolved available inorganic nitrogen after an enrichment event .applications forpredicting eutrophication in coastal waters. Continental Shelf Research. p.1-15. 2003
FEITOSA, F. A. do N.; BASTOS, R. B. Produtividade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema costeiro de Maracajaú – RN. Arquivos de Ciências do Mar, Fortaleza, v. 40, n.2, p. 26-36, 2007.
FEITOSA, F. A. do N.; MONTES, M. J. F.; MELO, D. C. M.; SANTANA, J. R.; SILVA, L. M.; FILHO, S. J. Condições ambientais do estuário do rio Timbó (PERNAMBUCO-BRASIL): Biomassa fitoplanctônica e algumas variáveis ambientais. Tropical Oceanography, Recife, v. 42, n.2, p. 156-169, 2014.
FEITOSA, F. A. do N.; PASSAVANTE, J. Z de O. Variação sazonal da biomassa primária do fitoplâncton na Bacia do Pina (Recife- Pernambuco – Brasil). Trabalhos Oceanográficos da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, v. 22, p. 65-82, 1991/93.
FEITOSA, F. A. do N.; SILVA-CUNHA, M. G. G.; PASSAVANTE, J. Z. de O.; NEUMANN-LEITÃO, S.; LINS, I. C. Estrutura do microfitoplâncton no sistema estuarino do rio Goiana, Pernambuco, Brasil. Trabalhos Oceanográficos da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, v. 27, n. 2, p. 15-25, 1999.
FIGUEIREDO, J. A. et al. Evolução físico-química de águas do estuário do rio Timbó, Pernambuco: uma caso de reavaliação ambiental (1984 e 2003). Estudos Geológicos, Recife, v. 17, n. 1, p. 85-104, 2007.
GRASSHOFF, K., EHRARDT, M.; KREMELING, K. Methods of sea water analysis. 2 ed. New York: VerlagChemie, 1983. 317 p.
GREGO, C. K. S. et al. Fitoplâncton do ecossistema estuarino do rio Ariquindá (Tamandaré, Pernambuco, Brasil): variáveis ambientais, biomassa e produtividade primária. Atlântica, Porto Alegre, v. 31, n. 2, p. 183-198, 2009.
HONORATO DA SILVA, M. Fitoplâncton do estuário do rio Formoso (Rio Formoso, Pernambuco, Brasil):biomassa, taxonomia e ecologia. Recife, PE: 2003. 131f. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) - Departamento de Oceanografia. Universidade Federal de Pernambuco, 2003.
LACERDA, S. R. et al. Phytoplankton nictemeral variation at a tropical river estuary (Itamaracá – Pernambuco – Brazil). Brazilian Journal of Biology. São Carlos, v. 64, n. 1, p. 81 – 94, 2004.
MACÊDO, S. J.; COSTA, K. M. P. Estudo ecológico da região de Itamaracá Pernambuco - Brasil, condições hidrológicas do estuário do rio Botafogo. Ciência e Cultura. São Paulo, v. 30, n. 7, 368 p. 1978.
McLUSKY, D. S. The estuarine ecosystem.2.ed. Glasgow. Blackie and Sons Ltda. 1989, 215p.
MELO, U., SUMMERHAYES, C. P., TORNER, L. G. Metodologia para o estudo do material em suspensão na água do mar. Boletim Técnico da Petrobrás, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3/ 4, p. 115-127, 1975.
MIRANDA, B. M.; CASTRO, B. M.; KJERFEVE, B. Princípios de oceanografia física de estuários. São Paulo: EdUSP, 2002.
NORONHA, T. J. M.; SILVA, H. K. P.; DUARTE, M. M. M. B. Avaliação dos impactos antrópicos e a qualidade da água do estuário do Rio Timbó, Pernambuco, Brasil. Revista de Ciência, Tecnologia e Humanidades do IFPE, Recife, v. 2, n. 1, fev/2010.
PÕDER T. et al.The role of inorganic and organic nutrients on thedevelopment of phytoplankton along a transect from the Daugava River mouth to the Open Baltic, in spring and summer 1999.ICES Journal of Marine Science. v. 60, 827 -835, 2003.
SILVA, J. V. Produção Primária do Fitoplâncton do Estuário do Rio Timbó (Paulista-PE). Recife, PE: 1989. 83 f. Dissertação (Mestrado em Criptógamos) – Centro de Ciências Biológicas. Universidade Federal de Pernambuco, 1989.
SMITH, V. H. Using primary productivy as an index of coastal eutrophication: the units of measurement matter. Journal Plankton Research, New York, v. 29, n.1, p. 1 - 6, 2007.
SOUZA, M. R. M. et al. Hidrologia e fitoplâncton do sistema estuarino do rio São Francisco, nordeste do Brasil. Trabalhos Oceanograficos da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, v. 27, n. 1, p. 15-31, 1999.
STEEMANN-NIELSEN, E. The use of radio-active carbon (C14) for measuring organic production in the sea. JournalduConseilPlemanentInternationalPour L Exploration de le Mer, Copenhague, v. 18, n. 2, p. 117 – 140, 1952.
STRICKLAND, J. D. H., PARSONS, T. R. A Practical handbook of seawater analysis. 2 ed. Bulletin Fisheries Research Board of Canada, Ottawa, v. 167, p. 207-211, 1972.
UNESCO. Determination of photosyntetic pigments in seawater. Rapor of SCOR/UNESCO, working group 17 with meat from 4 to 6 June 1964. Paris: (monography on Oceanography Methodology, 1). Paris, 69 p. 1966.
UNESCO. International Oceanographic Table. Wormly: Unesco, 1973. V. 2, 141p.
VARELA, M., PREGO, R. Hydrography and phytoplankton in an isolated and non-pristine ria area: the A CoruñaHarbour (NW Spain). ActaOecologica. v. 24, 113–124. 2003.
VOLLENWEIDER, R.A.; TALLING, J.F.; WESTLAKE, D.F. 1974. A manual in method for measuring primary production in aquatic environments.2°edição, Blackwell Scientific Publication, Oxford, 1974. 225p.
WU. J. T.; CHOU, T. L. Silicate as the limiting nutrient for phytoplankton in a subtropical eutrophic estuary of Taiwan. Estuarine Coastal Shelf Science. V. 58. P. 155 – 162, 2003.