Açúcar e trópico: Uma equação ‘natural’ justificando um modelo social perene
Palavras-chave:
história ambiental, eugenismo, zona canavieiraResumo
Resumo
Na zona canavieira de Pernambuco, onde os povos de origem haviam praticado uma policultura combinada com sofisticados usos da floresta, a monocultura impôs-se, desde o início da colonização portuguesa, provocando uma desnutrição crônica nas populações rurais. Ela foi, no entanto, defendida seguindo a linha de argüição da ‘vocação natural’ da região, aplicada não apenas ao uso do solo como da mão-de-obra. Neste último caso, a idéia recorrente de cunho eugênico, associada ao legado da escravidão, justificaria uma estrutura social extremamente polarizada.
Palavras-chave: história ambiental; eugenismo; zona canavieira.
Abstract
In the sugar cane area of Pernambuco (Brazil), where before European contact indigenous peoples practiced mixed farming combined with sophisticated uses of the forest, a monoculture was imposed from the beginning of Portuguese colonization, provoking chronic malnutrition among the rural populations. The sugarcane monoculture was justified, however, by a rationale linked to the region’s supposed “natural vocation,” a perspective applied not only to agricultural regimes but also to the labor force. In the latter case, ideas of eugenics associated with the legacy of slavery justified the persistence of a very polarized social structure.
Keywords: environmental history; eugenics; sugar cane area.
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