PERFIL TECNOLÓGICO DOS AZULEJOS PORTUGUESES DA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVIII EM PERNAMBUCO

Autores

  • Henry Sócrates Lavalle Sullasi Departamento de Arqueologia, UFPE.
  • Paulo Martin Souto Maior Departamento de Arqueologia, UFPE.
  • Suely Cisneiros Muniz Departamento de Artes Plásticas, UFPE
  • Yuri Menezes Freitas Arqueolog Pesquisas LTDA, Recife-PE

DOI:

https://doi.org/10.20891/clio.v31i1p75-93

Palavras-chave:

Azulejos portugueses, século XVIII, perfil tecnológico

Resumo

Este artigo apresenta os resultados obtidos na tentativa de associar o mapeamento de danos dos azulejos históricos das igrejas em Pernambuco ao seu perfil tecnológico. Inicialmente o mapeamento de danos, juntamente com o contexto histórico da bibliografia consultada, mostrava indícios de que o perfil tecnológico havia regredido, comparando-se os azulejos importados dos séculos XVII aos do XVIII. Mas como verificar esse aspecto se os ensaios que caracterizam tecnologicamente peças azulejares são destrutivos? A proposta da pesquisa foi então desenvolver um método de reprodução que implicasse em obter peças semelhantes do ponto de vista químico para que se pudessem fazer ensaios físicos (resistência à flexão e à absorção de água) e assim verificar a hipótese inicial.

 

ABSTRACT

This paper summarizes the results obtained in an attempt to associate the mapping of damage in historical tiles of churches in Pernambuco with a technological profile. Initially, the mapping of damage, along with the historical context provided by the consulted bibliography, showed evidence that the technological profile had regressed comparing the imported tiles from the 17th and 18th centuries. But how to check this aspect if the tests that technologically characterize tiles pieces are destructive? The research proposal was then to develop a method that involved obtaining similar pieces, from the physical and chemical points of view, so the physical tests (flexural strength and water absorption) could be done, thus verifying the initial hypothesis. 

Key Words: Portuguese tile; 18th century; technological profile.



Referências

ALCÂNTARA, D. M. E. S. D. Patrimônio Azulejar Brasileiro: Aspectos Históricos e de Conservação. Azulejo, Documento de nossa Cultura. Brasília: Monumenta BID / Ministério da Cultura, 2001.

ALMEIDA, M. A. M. D.; CASCUDO, O. Estudo e Determinação das Propriedades Mecânicas de Azulejos Históricos. XIX Seminário de Iniciação Científica da UFG - PIVIC, Goiânia, 2011.

ASFORA, V. K. Fluorescência de Raios X por dispersão de energia aplicada à caracterização de tijolos de sítios históricos em Pernambuco. Recife: [s.n.], 2010. Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Energéticas e Nucleares - UFPE. Dissertação de Mestrado.

ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13.818. Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro. 1997.

BASALLA, G. A Evolução da Tecnologia. Porto: Porto Editora, 2001.

BORDIGON, F. Uma análise da metodologia de produção de cerâmica: comparação da produção de monoqueima na Itália e no Brasil. São Paulo: USP, 2007. Dissertação de Mestrado.

BRACANTE, E. F. O Brasil e a cerâmica antiga. São Paulo: Edição do autor, 1982.

BRAGA, M. Conservação e Restauro. Rio de Janeiro: Ateliê Editorial, 2003.

CALZA, C. Fluorescência de Raios X aplicada à análise de bens culturais. Boletim Eletrônico da ABRACOR, Junho 2010.

CAVALCANTI, S. T. D. H. O Azulejo na Arquitetura Religiosa de PernambucoSéculo XVII e XVIII. São Paulo: Metalivros, 2006.

COENTRO, S. X. Estudo da Camada Pictórica na Azulejaria Portuguesa do Século XVII. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2010. Dissertação de Mestrado.

CORRÊA, W. Caracterização de Azulejos Históricos Provenientes de Portugal e do Brasil. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2011. Dissertação de Mestrado.

CURVAL, R. B. F. Azulejaria portuguesa no patrimônio edificado do sul do Brasil. Dissertação de Mestrado. Pelotas: Universidade Federal de Peloras, Pelotas, 2008. Dissertação de Mestrado.

FERNÁNDEZ, J. C. Arqueometría, Conservación y Restauración de los Metales Dorados Medievales. Madrid: Universidad Complutense de Madrid, 2010. Tese.

FREITAS, Y. M. Policromia e Monocromia. Análise do emprego das cores na azulejaria portuguesa presente na arquitetura religiosa em Pernambuco, entre os séculos XVII e XVIII. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2013. TCC.

FREITAS, Y. M. Azulejos Portugueses dos Séculos XVII e XVIII em Pernambuco: Patologias e Caracterização Tecnológica. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2015. Dissertação de Mestrado.

GÜETO, J. M. Tecnología de los materiales cerámicos. Espanha: Ediciones Diaz Santos, 2005.

HENRIQUES, P. Museu Nacional do Azulejo. Roteiro. 2ª Edição. ed. Lisboa: Instituto Português de Museus, 2005.

JONES, M.; JANIS, F.; JILL, B. A arte e o ofício do azulejo. Lisboa: Editorial Estampa, Lda., 2001.

KAHN, H. PMI-2201 - Difração de Raio X. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2011. Apostila.

MALAGÓN, E. D. C. V. Materiales Cerámicos. Propriedade, Aplicaciones y Elaboración. México: Centro de Investigaciones de Diseño Industrial. , v. Colección CIDI Investigación 1, 2005.

MAYER, R. Manual do artista de técnicas e materiais. 2ª ed. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

MUNIZ, S. C. Cronologia histórica e patologias dos azulejos em Pernambuco, entre os séculos XVII e XVIII. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2009. Dissertação de Mestrado.

NELSON, G. C. Ceramics. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1960.

REIS , M. D. L. B. C.; MOREIRA, A. M. Propriedades dos Materiais - Materiais de Construção I. Instituto Politécnico de Tomar. Escola Superior de Tecnologia de Tomar. Tomar. 2008.

RILEY, N. A arte do azulejo. A história. As técnicas. Os artistas. Lisboa: Editora Estampa, 2004.

RYE, O. S. Pottery technology principles on reconstruction. Washington: Australia National University, 1981.

SANJAD, T. A. B. C.; COSTA, L. D. Azulejaria histórica em Belém do Pará: contribuição tecnológica para réplicas e restauro. Belém: UFPA / SEDECT, 2009.

SANJAD, T. A. B. et al. Caracterização mineralógica de azulejos de Salvador e Belém dos séculos XVI, XVII e XIX. REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, n. 57(4), p. 255-260, out. dez. 2004.

SILVA, F. A. et al. A arqueometria e a análise de artefatos cerâmicos: um estudo de fragmentos cerâmicos etnográficos e arqueológicos por fluorescência de Raios X (EDXRF) e transmissão Gama. Revista de Arqueologia, n. 17, p. 41-61, 2004.

SIMÕES, J. M. D. S. Azulejaria Portuguesa no Brasil 1500-1822. Lisboa: Fundação Calouste Gulbernkian, 1965.

SIMÕES, J. M. D. S. Azulejaria em Portugal nos séculos XV e XVI. Introdução geral. Lisboa: Fundação Calouste Gulbernkian, 1969.

TINOCO, J. E. L. Restauração de azulejos - Recomendações Básicas. Olinda:Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI), 2007. Textos para discussão - nº 12.

Downloads

Publicado

2016-07-02

Edição

Seção

Artigo