ARQUEOLOGIA DE UMA FORTIFICAÇÃO: O Forte Orange E A Fortaleza de Santa Cruz em Itamaracá, Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.20891/clio.v31i1p94-104Palavras-chave:
Fortificações, sistemas de defesa, Arqueologia históricaResumo
Este artigo refere-se a uma pesquisa realizada durante o curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia, da Universidade Federal de Pernambuco, no ano de 2007 e enfocou o período colonial no Brasil em dois momentos próximos e distintos e dois sistemas construtivos representativos da engenharia militar do século XVII empregados no mesmo espaço. O primitivo forte Orange, construído em 1631 pela Companhia das Índias Ocidentais durante o período de ocupação de vinte e quatro anos, fazia parte do sistema de defesa elaborado para as capitanias de Pernambuco e de Itamaracá. A fortificação trocou depois o nome para Fortaleza de Santa Cruz, mas até hoje prevalece o nome primitivo, Forte Orange. Foi analisada neste trabalho a mudança do sistema construtivo e da disposição dos edifícios dentro do perímetro delimitado pelas muralhas, tomando-se como base relatos históricos e os resultados encontrados em duas campanhas arqueológicas.
ABSTRACT
This articlee refers to a survey conducted during the Master’s course at the Postgraduate Program in Archaeology at the Federal University of Pernambuco and focused on the colonial period in Brazil in the near two and different times and two representative building systems of military engineering of the seventeenth century, employed in the same space. The primitive Orange fort, built in 1631 by the Western India Company during the occupation period of twenty-four years, was part of the defense system designed to the captaincy of Pernambuco and Itamaracá. The fortification after changed its name to Fortress of Santa Cruz, but so far prevails the original name, Orange Fort. It was analyzed in this work the changing of the building system and the layout of the buildings within the perimeter bounded by the walls, taking as base historical accounts and the results found in two archaeological campaigns.
Key Words Fortifications; defense systems; historical arqueology.
Referências
ALBUQUERQUE, Marcos; LUCENA, Veleda; WALMSLEY, Doris. Fortes de Pernambuco: imagens do passado e do presente. Recife: Grafftorre, 1999.
ALBUQUERQUE, Marcos; LUCENA, Veleda. Projeto Arqueológico Forte Orange: Ilha de Itamaracá – PE, 2002/2003. Itamaracá: Laboratório de Arqueologia da UFPE/ MOWIC Foundation, 2003, Diário de Campo.
ALBUQUERQUE, Marcos; LUCENA, Veleda; PESSOA, Ricardo – Trilha dos Holandeses – Uma Avaliação Geo-Arqueológica, Itamaracá, julho de 2003. A viagem de Caspar Schmalkalden de Amsterdã para Pernambuco no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Index, 1998, Coleção Brasil Holandês.
BERTALANFFY, L. Von et al. Teoria dos Sistemas. Rio de Janeiro: FGV, 1976 (Série Ciências Sociais).
COSTA, F. A. Pereira da. Anais Pernambucanos: 1635 -1665. Recife: Arquivo Público Estadual, 1952, Vol. III.
DIAS, Pedro. História da arte luso-brasileira: urbanização e fortificação. Coimbra: Almedina, s/d. Fort Orange Project. Amsterdam: MOWIC Foundation, s/data.
GALINDO, Marcos; MENEZES, José Luís Mota. Desenhos da terra: Atlas Vingboons. Recife: Instituto Cultural BANDEPE, 2003.
LUCENA, Veleda. O Forte de Óbidos, uma unidade de defesa na conquista do Norte do Brasil. Um projeto de pesquisa. Revista de Arqueologia, São Paulo: vol. 8, nº. 2, 1994/1995, p. 303 a 319.
-----------------------. O Forte de Óbidos: uma visão arqueológica. Recife: UFPE, 1996. Tese de doutorado em História.
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Cartografia holandesa do Recife: estudo dos principais mapas da cidade do período 1631 – 1648. Recife: IPHAN/MEC, 1976.
MELLO NETO, Ulysses Pernambucano de. O forte das Cinco Pontas: um trabalho de Arqueologia Histórica aplicado à restauração do monumento. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 1983.
MENEZES, José Luís Mota; RODRIGUES, Maria do Rosário Rosa. Fortificações portuguesas no Nordeste do Brasil: séculos XVI, XVII e XVIII. Recife: Pool, 1986.
MIRANDA, Bruno Romero Ferreira. O sistema de defesa da barra e do porto do Recife no século XVII. Clio – Série Arqueológica, n. 16. Recife: UFPE, 2003, vol. I. p. 87 a 101.
PUDSEY, Cuthbert. Brasil Holandês: diário de uma estada no Brasil – 1629 – 1640. Petrópolis: Index, 2000, v. III.
REIS FILHO, Nestor Goulart. Imagens de vilas e cidades do Brasil colonial. São Paulo: EDUSP, 2000.
SOUZA, Marcos André Torres de. Arqueologia da paisagem e sítios militares: estudo de um forte colonial em Laguna, Santa Catarina, Brasil in Arqueologia Histórica na América Latina. University of South Carolina, v. 6, January, 1995.
WÄTJEN, Hermann – O domínio colonial holandês no Brasil: um capítulo da história colonial do século XVII. Recife: CEPE, 2004 (Série 350 Anos Restauração Pernambucana, v. 7)
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para a Clio Arqueológica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos da revista Clio Arqueológica sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações mediante citação do nome da Clio Arqueológica como publicação original.
Em virtude do acesso aberto este periódico, permite-se o uso gratuito dos artigos com finalidades educacionais e científicas, desde que citada a fonte conforme as diretrizes da licença Creative Commons.
Autores que submeterem um artigo para publicação na Clio Arqueológica, concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sem pagamento, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado;
d. as ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista.



