Multiplicidade e complexidade no “oratório” ciberpoético de André Vallias
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Ciberpoesia, André Vallias, “Oratório”Abstract
Libertar a literatura do corpo livro e da fronteira página parece ser o principal objetivo da ciberpoesia de André Vallias. No ciberespaço, seus poemas amalgamam-se com sons e procedimentos visuais em movimentos para a constituição de corpos intersemióticos que, em primeira instância, felicitam-se por democratizar a produção literária; seguindo como lugar para a ressignificação da concepção de poesia. Obra organicamente inscrita em palimpsesto, a ciberpoesia de André Vallias aponta os seus outros e se apresenta como corpo aberto para os experimentos de invenção, na contemporaneidade, sublevando a esse signo a inscrição de complexo, para além do recorrente múltiplo. Aqui, então, analisa-se, posterior à reflexão acerca do contemporâneo, o ciberpoema “Oratório” e como que nele faz-se perceptível as conceptualizações de filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser para os modos de criação crítica em contextos de novas tecnologias.Literaturhinweise
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