O caderno de Portsmouth de Ana Cristina César simulacro de uma escrita impossível
Mots-clés :
Ana Cristina César, O caderno de Portsmouth, Intersemiose.Résumé
Este artigo consiste em um recorte de minha Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal de Pernambuco em 2018, intitulada A linha em expansão: palavra, imagem e pictografia na poética de Ana Cristina Cesar, na qual busquei analisar as relações intersemióticas que sustentam o seu projeto estético. Analisamos o Caderno de Portsmouth (1980), espécie de álbum de desenhos da poeta carioca, publicado postumamente. Em nossos apontamentos, propomos a contraposição do caderno com a pintura de artistas como Jean Dubuffet, idealizador do conceito de Arte Bruta, e o artista belga Henri Michaux.
Références
BAATSCH, Henri-Alexis. Henri Michaux: Peiture et Poésie. Paris: Éditions Hazan, 1993.
BARTHES, Roland. O Império dos signos. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
CESAR, Ana Cristina. Crítica e tradução. São Paulo: Ática, 1999.
_____. 1952-1983. Poética/ Ana Cristina Cesar. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
_____. Portsmouth-Colchester. São Paulo: Duas Cidades, 1989.
DAILLEU, Sylviane. GAUTROT, Marcelle. L’écrit, Le Signe: Autour de Quelques Dessins D’écrivains. BPI/Editions du Centre Pompidou, Paris, 1991.
DANTAS, Marta. “Escritos Brutos e Outros Escritos: A Experiência limite em questão”. In: Anais XI Congresso Internacional da ABRALIC. São Paulo, 2018.
DUBUFFET, Jean. L’art Brut préferé aux Arts Culturels. Paris: René Drouin, 1949.
MICHAUX, Henri. Emergences-résurgences: les sentiers de la création. Genebra: Editions d’Art Albert Skira S.A., 1993.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. Flores na escrivaninha. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
SUSSEKIND, Flora. Até segunda ordem não me risque nada. – os cadernos, rascunhos, e a poesia-em-vozes de Ana Cristina Cesar. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1995.