Índices espectrais de vegetação e água na caracterização espaço-temporal da bacia hidrográfica do rio Brígida - Sertão Pernambucano
DOI:
https://doi.org/10.29150/jhrs.v13.3.p444-457Schlagworte:
análise pluviométrica, imagens orbitais, características espectraisAbstract
A seca é um dos principais desafios enfrentados no Semiárido nordestino e como medidas de segurança frente a estes fenômenos naturais foi realizada a implantação de diversos reservatórios de águas superficiais, também conhecidos como açudes. Como forma de avaliar a efetividade destas estruturas e as consequências das secas, utiliza-se como ferramenta o sensoriamento remoto, o qual permite avaliar as alterações espaço-temporais da cobertura vegetal e corpos hídricos. O presente artigo utilizou técnicas de Sensoriamento Remoto com auxílio do software QGIS de livre acesso, com o objetivo de avaliar as variações do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e do Índice de Umidade por Diferença Normalizada (NDWI) para a Unidade de Planejamento 13, correspondente a Bacia Hidrográfica do Rio Brígida. Para isso, foram obtidas imagens provenientes do satélite Landsat 8 para os dias 22 de setembro de 2014 e 20 de setembro de 2022, correspondente ao mês com menor incidência de nuvens na região. A partir dos resultados encontrados, ficou evidenciado que quatro dos cinco principais açudes geoespacializados apresentaram uma expansão de seu reservatório no ano de 2022. Em relação a cobertura vegetal, foram obtidos resultados com variações de 0,159 e -0,336 para 2014 e 0,188 e -0,334 para 2022, com um aumento de área vegetativa no norte da bacia, próximo à Chapada do Araripe. Com isso, salienta-se que a geotecnologia em Sensoriamento Remoto é uma ferramenta efetiva para tomada de decisão na gestão dos recursos hídricos em unidades de planejamento.
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