Uso das representações da luminosidade e opacidade no espaço brasileiro: implicações no discurso do desenvolvimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29150/jhrs.v9.1.p36-48

Palavras-chave:

Representações do Espaço, Mudanças Socio-Territoriais, Capitalismo, Alienação do Espaço, Realidade.

Resumo

Discute-se neste artigo o uso de representações cartográficas sobre o mundo atual, buscando criticar o simplismo da sua interpretação que leva a formulação e propagação de discursos os quais, na verdade, beneficiam mais os interesses inerentes à racionalidade economicista do que os da racionalidade ambiental. Isto para, em seguida, apresentar outra possibilidade de uso dessas representações calcando-se na complexidade do mundo. Para a realização deste trabalho, utilizamo-nos da interpretação de mapas temáticos que representariam, em princípio, o “desenvolvimento” dos espaços com base na luminosidade e opacidade que constituem a base do georreferenciamento realizado. A principal conclusão à qual se chega é que nem todos os espaços luminosos coincidem com espaços desenvolvidos, e que nem todos os espaços opacos coincidem com espaços subdesenvolvidos.

Biografia do Autor

Cláudio Jorge Moura de Castilho, Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Ciências Geográficas

Robson José Alves Brandão, SUDENE

SUDENE

Referências

Andrade, M.C. de, 1987. Espaço, polarização e desenvolvimento: uma introdução à economia regional. Atlas, São Paulo.

Bevilacqua, P., 2011. Il grande saccheggio. L’età del capitalismo distruttivo. Bari, Laterza.

Borja, J., 2016. Cumbres como hábitat III son una farsa.

Brandão, R.J.A., 2010. A agroindústria e a introdução da cultura da cana-de-açúcar nos tabuleiros costeiros de Alagoas. Maceió.

Brenner, N., 2014. Teses sobre urbanização. Revista E-metropolis. Rio de Janeiro, n. 19, ano 5, 2014. p. 6-26.

Castilho, C.J.M. de, 2013. Apontamentos para uma geografia social da cidade do Recife. In: Galvíncio, J.D., Souza, W.M. de, 2013. Mudanças climáticas e biodiversidade. Recife: editora da Universidade Federal de Pernambuco.

______, 2015. Entrevista concedida ao Diário de Pernambuco, Recife, http://curiosamente.diariodepernambuco.com.br/project/pernambuco-visto-do-espaco-com12-anos-de-diferenca/

______, 2017. Jean Brunhes: a atualidade de um geógrafo do início do século XX. Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais, v.6, n.1.

Florenzano, T.G., 2011. Iniciação em sensoriamento remoto. Oficina de Textos, São Paulo.

Furtado, C., 1989. A fantasia desfeita. Paz e Terra, Rio de Janeiro.

George, P., 1993. O homem na terra. A geografia em acção. Edições 70, Lisboa.

Girardi, E.P., 2014. Cartografia geográfica crítica e o desenvolvimento do “atlas da questão agrária brasileira”, Revista do Departamento de Geografia – USP, volume especial catogeo, p. 302-331.

Gottdiener, M., 2010. A produção social do espaço urbano. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Redes e Fluxos do Território. In. http://www.ibge.gov.br/

Leff, E., 2009. O saber ambiental. Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Vozes, Petrópolis.

Longley, P., Maguire, D., 2013. In: Goodchild, M., Rhind, D., 2013. Sistemas e ciência da informação geográfica. Bookman, Porto Alegre.

Porto Gonçalves, C.W., 2012. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro.

Santos, M., 1988. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. Hucitec, São Paulo.

______., 1997. A natureza do espaço. Técnica e tempo. Razão e emoção. Hucitec, São Paulo.

______., 2000. Por uma outra globalização. Do pensamento único à consciência universal. Record, Rio de Janeiro.

______ & Silveira, M., 2001. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Record, Rio de Janeiro.

Downloads

Publicado

2019-05-06