As faces da verdade na teoria do intelecto de Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.249990Palavras-chave:
Aristóteles, metafísica, noética, teoria da verdade, linguagem, ontologiaResumo
O objeto deste artigo é o conceito aristotélico de verdade no domínio da intelecção, conforme o De Anima. O problema que se apresenta neste conceito diz respeito à oposição entre a verdade e a falsidade no âmbito dos pensamentos divisíveis e à atribuição única da verdade a pensamentos indivisíveis. Para isso, recorre-se à Metafísica IX, 10, em que a verdade, considerada em si mesma, só se encontra em seres separados de outros seres, à medida que a verdade em oposição ao falso só ocorre em uma relação efetiva entre seres distintos. Também, recorre-se ao estatuto da verdade segundo o De Interpretatione, em que a oposição entre verdade e falsidade se encontra na composição e divisão dos termos da linguagem. Portanto, será tratado aqui como Aristóteles pensou uma concepção de verdade que se comporta em relação a referentes de natureza distinta e como este aspecto influi na constituição de objetos do pensamento.
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