Teoria e Desenho de Pesquisa em Ciência Política
DOI:
https://doi.org/10.51359/1808-8708.2019.23247Palavras-chave:
Ciência Política, teoria, desenho de pesquisaResumo
Qual o papel da teoria para o desenho de pesquisa em Ciência Política? O objetivo geral é defender que o quadro teórico é fundamental em desenhos de pesquisa que pretendem produzir inferências causais falsificáveis. Metodologicamente, descrevemos o processo de planejamento de um desenho de pesquisa, adotando cinco pressupostos de utilização do quadro teórico: (1) sistematizar os conceitos, (2) definir o problema de pesquisa, (3) delimitar hipóteses causais, (4) definir indicadores mais adequados à sistematização do desenho de pesquisa e (5) construir validade interna e externa. Com esse trabalho esperamos contribuir com boas práticas de utilização de teoria em desenhos de pesquisa em Ciência Política.
Referências
ADCOCK, R.; COLLIER, D. (2001). Measurement validity: A shared standard for qualitative and quantitative research. American Political Science Review, v. 95, n. 3, p. 529-546.
AMORIM NETO, OCTAVIO. Gabinetes presidenciais, ciclos eleitorais e disciplina legislativa no Brasil. Dados, Rio de Janeiro , v. 43, n. 3, p. 479-519, (2000) . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582000000300003&lng=en&nrm=iso>. access on 25 May 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0011-52582000000300003.
BABBIE, Earl. (1999). Métodos de Pesquisa de Survey. Belo Horizonte: Ed. UFMG.
BLALOCK, H. (1967). Causal Inferences, Closed Populations, and Measures of Association. The American Political Science Review, 61, 1, 130-136.
CHALMERS, A. F. (1993). O que é ciência afinal? São Paulo: Editora Brasiliense.
CHEIBUB, J.A.; Przerworski, A.; Saiegh, S. (2002). Governos de coalizão nas democracias Presidencialistas e parlamentaristas. Dados, vol. 45, nº 2, p. 187-217.
COLLIER, D., MAHONEY, J., & SEAWRIGHT, J. (2004). “Claiming too much: Warnings about selection bias”. In H. E.; D. C. Rethinking social inquiry: Diverse tools, shared standards. Lanham: Rowman& Littlefield.
FIGUEIREDO FILHO, D. B; ROCHA, E. C. DA; SILVA JÚNIOR, J. A. DA; PARANHOS, R; SANTOS, M. L. W. (2012). Levando Gary King a sério: desenhos de pesquisa em ciência política. Revista Eletrônica de Ciência Política, v. 3, n. 1-2.
FIGUEIREDO FILHO, D. B.; ROCHA, E. C. DA; SILVA JÚNIOR, J. A DA; PARANHOS, R. (2013). Causalidade e mecanismos em Ciência Política. MEDIAÇÕES, V. 18 N. 2, P. 10-27, Jul./Dez.
GEDDES, B. (2003). Paradigms and sandcastles: theory building and research design in comparative politics. United States of America: University of Michigan.
HUNTINGTON, SAMUEL. (1994). A terceira onda: a democratização no final do século XX. São Paulo: Ática.
JANNUZZI, P. M. (2012). Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações. 5. ed. São Paulo: Editora Alínea.
KELLSTEDT, P.; WHITTEN, G. (2013). The Fundamentals of Political Science Research. New York: Cambridge University Press.
KING, G.; KEOHANE, R. O.; VERBA, S. (1994). Designing social inquiry: Scientific inference in qualitative research. New Jersey: Princeton University Press.
KUHN, T. S. (1978). A estrutura das revoluções científicas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva.
LAMOUNIER, B. (1991). Brasil: rumo ao parlamentarismo? In In: Lamounier, B. (Org.). A opção parlamentarista. São Paulo: IDESP Ed. Sumaré.
LANDMAN, T. (2008). Issues and methods in comparative politics: an introduction. New York: Routledge.
LINZ, JUAN. (1991). Presidencialismo ou parlamentarismo: faz diferença? In: Lamounier, B. (Org.). A opção parlamentarista. São Paulo: IDESP Ed. Sumaré.
LIJPHART, AREND. (1991). Presidencialismo e democracia majoritária. In: Lamounier, B. (Org.). A opção parlamentarista. São Paulo: IDESP Ed. Sumaré.
MAINWARING, SCOTT. (1993). Presidentialism and Multipartism. The difficult combination. Comparative Political Studies, vol. 26 nº 2 p. 198-228.
MUNCK, G. AND VERKUILEN, J. (2009). “Conceptualizing and measuring democracy: an evaluation of alternative índices”. In: Munck, G. Measuring democracy: a bridge between scholarship and politics. Baltimore: The Johns Hopkins University Press.
PARANHOS, R; FIGUEIREDO FILHO, D. D.; ROCHA, E. C. DA; SILVA JÚNIOR, J. A. (2013). Inferências causais falsificáveis em Ciência Política. Revista Eletrônica de Ciência Política, vol. 4, n. 1-2, p. 264-283.
PERES, PAULO S. (2008). Comportamento ou Instituições? A evolução histórica do neo-institucionalimo da Ciência Política. RBCS, vol.23, nº 68, pp. 53-71. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v23n68/v23n68a05.pdf
PETERS, B. (1998). Comparative Politics: Theory and Methods. New York: New York University Press. (Comparative government and politics).
POPPER, K. (1968). The Logic of Scientific Discovery. Londres: Hutchinson.
RUBIN, A.; BABBIE, E. R. (2011). Research Methods for Social Work. Belmont: Cengage Learning.
SARTORI, G. (1970). Conceptmisformation in comparative politics. American politicalsciencereview, Cambridge Univ Press, v. 64, n. 04, p. 1033–1053.
SCHMITTER, P. (2002). The Ideal Research Proposal. Disponível em: http://www.eui.eu/Documents/DepartmentsCentres/SPS/Profiles/Schmitter/IdealRese archProposal.pdf
SCHUMPETER, J. (1961). Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.
TEUNE, H.; PRZEWORSKI, A. (1970). The logic of comparative social inquiry. New York, JohWiley& Sons.
VAN EVERA, S. (1997). Guide to Methods for Students of Political Science. Ithaca, NY: Cornell University Press.
VAUS, D. A. DE. (2001). Research Design in Social Research. Thousand Oaks: SAGE Publications. (Research Methods Series).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Denisson Silva, Suzana Alves, Thiago Silame, Ranulfo Paranhos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm">Lei de Direito Autoral n. 9610/98, a Lei nº 5.805/72, bem como os Acordos e Tratados Internacionais de Direito Autoral em vigor no Brasil, quais sejam: Convenção de Berna para a Proteção de Obras Literárias e Artísticas (Decreto Nº 75.699, DE 6 DE MAIO DE 1975), Convenção Universal sobre o Direito de Autor (Decreto Nº 76.905, de 24 DE DEZEMBRO DE 1975), e a Convenção Interamericana sobre os Direitos de Autor em Obras Literárias, Científicas e Artísticas (Decreto Nº 26.675, DE 18 DE MAIO DE 1949).
(2) Os direitos sobre as publicações nesta revista eletrônica pertencem ao(s) autor(es), com direitos de primeira publicação cedidos à Revista Política Hoje. Em virtude do caráter eletrônico da revista, os artigos são de uso gratuito em aplicações educacionais, sem fins comerciais e disponibilizados na Internet no site da revista.