Conceptual Geological Model of the Ribeirão Tortinho Watershed, Federal District of Brazil (Modelo geológico conceitual da Bacia do Ribeirão Tortinho, Distrito Federal, Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.26848/rbgf.v12.2.p592-607Resumo
The increase of water consumption, associated with the disordered land occupation, lead to a scenario of overexploitation of surface and underground sources in the Federal District of Brazil. With the expansion of urban areas, the groundwater has played a major role in public supply, evidencing the need of deepening the knowledge of the local hydrogeologic framework. In this regard, this paper presents a conceptual hydrogeological model of the Córrego do Ribeirão Tortinho Watershed. The main goal of this report is to organize the available data and present it as a conceptual model that can subsidize the construction of a numerical groundwater flow model. In order to simplify the representation of the hydrogeologic framework, rocks and unconsolidated materials with similar hydraulic parameters and textural properties were grouped together to form hydrostratigraphic units. Six units were differentiated and their properties and attributes were discussed. The porous domain is represented by the hydrostratigraphic units I, II, III, and IV, characterized by oxisols, plintosols, cambisols, and gleisols, respectively. Rock units of the Paranoá Group were attributed to the other two hydrostratigraphic units. Quartzites and metarhytmites (Ribeirão da Contagem and Serra da Meia Noite Formations, respectively) form the hydrostratigraphic unit V, while slates (Ribeirão do Torto Formation) correspond to the unit VI. Through this systematic arrangement, an accurate and synthesized computational analysis can be successfully developed in order to access the groundwater flow of the study region.
R E S U M O
O aumento do consumo de água, associado à ocupação urbana desordenada, levou a um cenário de superexplotação de fontes superficiais e subterrâneas no Distrito Federal. Com a expansão das áreas urbanas, a água subterrânea tem desempenhado um papel importante no abastecimento público, evidenciando a necessidade de se aprofundar o conhecimento sobre o arcabouço hidrogeológico local. Neste sentido, este trabalho apresenta um modelo geológico conceitual da Bacia do Córrego do Ribeirão Tortinho. O principal objetivo deste relatório é organizar os dados disponíveis e apresentá-los na forma de um modelo conceitual que possa subsidiar a construção de um modelo numérico de fluxo de água subterrânea. Para simplificar a representação da estrutura hidrogeológica, rochas e materiais inconsolidados com parâmetros hidráulicos e propriedades texturais similares foram agrupados para formar unidades hidrostratigráficas. Seis unidades foram diferenciadas e suas propriedades e atributos foram discutidos. O domínio poroso é representado pelas unidades hidrostratigráficas I, II, III e IV, caracterizadas por latossolos, plintosolos, cambissolos e gleissolos, respectivamente. As unidades rochosas do Grupo Paranoá foram atribuídas às outras duas unidades hidroestratigráficas. Quartzitos e metarritmitos (Formações Ribeirão da Contagem e Serra da Meia Noite, respectivamente) formam a unidade hidrostratigráfica V, enquanto as ardósias (Formação Ribeirão do Torto) formam a unidade VI. Através deste arranjo sistemático, uma análise computacional precisa e sintetizada pode ser desenvolvida com sucesso para representar o fluxo de água subterrânea da região de estudo.
Palavras-chave: fluxo subterrâneo, modelo geológico conceitual, gestão em recursos hídricos.
Referências
Abdulla, F., Al-Assa’d, T., 2006. Modeling of groundwater flow for Mujib aquifer, Jordan. Journal of Earth System Science 115, 289-297.
Alwathaf, Y., El Mansouri, B., 2012. Hydrodynamic modeling for groundwater assessment in Sana’a Basin, Yemen. Hydrogeology Journal 20, 1375-1392.
Cadamuro, A.L.D.M., Campos, J.E.G., 2016. Recarga artificial de aqüíferos fraturados no Distrito Federal: uma ferramenta para a gestão dos recursos hídricos. Revista Brasileira de Geociências 35, 89-98.
Campos, J.E.G., 2004. Hidrogeologia do Distrito Federal: bases para a gestão dos recursos hídricos subterrâneos. Revista Brasileira de Geociências 34, 41-48.
Campos, J.E.G., Dardenne, M. A., Freitas-Silva, F. H., Martins-Ferreira, M. A. C., 2013. Geologia do Grupo Paranoá na porção externa da Faixa Brasília. Brazilian Journal of Geology 43, 461-476.
Chao, D., Changlai, X., Xiujuan, L., Ji, L., Tonglin, X., Guangjun, G., 2010. Numerical simulation of groundwater flow for sustainable utilization in Jixi city, China. In: Fourth International Conference on Bioinformatics and Biomedical Engineering 18–20, 1-4.
CODEPLAN. Companhia de Desenvolvimento do Distrito Federal, 1984. Atlas do Distrito Federal. Brasília. Secretaria de Educação e Cultura/CODEPLAN. v. 1. 78p. Brasília.
CPRM/SIAGAS. Serviço Geológico do Brasil – Sistema de Águas Subterrâneas, 2006. Cadastro de poços tubulares do Distrito Federal. Available at http://siagasweb.cprm.gov.br/layout/. Accessed 10 March 2018.
Dataset: ©JAXA/METI ALOS-1 PALSAR L1.5 2007. Accessed through ASF DAAC, https://www.asf.alaska.edu, 31 July 2018.
Freitas-Silva, F.H., Campos, J.E.G., 1998. Geologia do Distrito Federal. In: IEMA/SEMATEC/UnB 1998. Inventário Hidrogeológico e dos Recursos Hídricos Superficiais do Distrito Federal. IEMA/SEMATEC/UnB. Vol. 1, Parte I. 86p.
Gonçalves, T. D., Fischer, T., Gräbe, A., Kolditz, O., Weiss, H., 2013. Groundwater flow model of the Pipiripau watershed, Federal District of Brazil. Environmental Earth Sciences 69, 617-631.
ICMBio. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 1998. Plano de Manejo do Parque Nacional de Brasília. Brasília.
INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. Normai Climatológicas (1961-1990), 1992. Available at http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/graficosClimaticos.
Jang, C.S., Chen, C.F, Liang, C.P., Chen, J.S., 2016. Combining groundwater quality analysis and a numerical flow simulation for spatially establishing utilization strategies for groundwater and surface water in the Pingtung plain. Journal of Hydrology 533, 541–556.
Jean, K.K., Patrice, J.J., Bachir, S.M., Kouakou, D.S., Tawa, A.A., Yves, L., Vincent, C., Jean, B., 2013. Modeling of groundwater flow and drawdown evolution simulation of Abidjan aquifer (Côte d’Ivoire). Journal of Asian Science.Research 3, 344–364.
Kresic N., 2006. Hydrogeology and groundwater modeling. CRC Press.
Kumaira, S., 2016. Análise e modelagem estrutural do Domo de Brasília. Tese de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Geociências. Programa de Pós-graaduação em Geociências.
Lavigne, M.A., Nastev, M., Lefebvre, R., 2010. Numerical simulation of groundwater flow in the Chateauguay river aquifers. Canadian Water Resources Journal 35, 469–486.
Lousada, E.O., Campos, J.E.G., 2005. Proposta de modelos hidrogeológicos conceituais aplicados aos aqüíferos da região do Distrito Federal. Revista Brasileira de Geociências 35, 407-414.
Martins, E.D.S., Baptista, G.M., 1998. Compartimentação geomorfológica e sistemas morfodinâmicos do Distrito Federal. IEMA/SEMATEC/UnB 1, 89 - 137.
Masoud, M.H., Schneider, M., El Osta, M.M., 2013. Recharge flux to the Nubian Sandstone aquifer and its impact on the present development in southwest Egypt. Journal of African Earth Sciences 85, 115-124.
Okocha, F.O., Atakpo, E., 2013. Groundwater flow modeling at the source of river Ethiope, Delta state, Nigeria. Pacific Journal of Science and Technology. 14, 2.
Reatto, A., Martins, É.D.S., Farias, M.F.R., Silva, A.V.D., Carvalho Júnior, O.A.D., 2004. Mapa pedológico digital-SIG atualizado do Distrito Federal escala 1: 100.000 e uma síntese do texto explicativo. Planaltina: EMBRAPA Cerrados.
Souza M.T., 2001. Fundamentos para Gestão dos Recursos Hídricos do Distrito Federal. Instituto de Geociências, Universidade de Brasília, Brasília. Dissertação de Mestrado, pp.94.
Souza, M.T., Campos, J.E.G., 2001. O papel dos regolitos nos processos de recarga de aqüíferos do Distrito Federal. Revista Escola de Minas 54, 191-198.
Waterloo Hydrogeologic Inc., 2004. Six Conservation Authorities FEFLOW Groundwater Model: Conceptual Model Report.
WWAP. United Nations World Water Assessment Programme, 2018. The United Nations World Water Development Report 2018: Nature-Based Solutions for Water. Paris, UNESCO.
Yang, Q.C., Liang, J., Yang, Z.P., 2012. Numerical modeling of groundwater flow in Daxing (Beijing), China. In: 2nd International Conference on Advances in Energy Engineering. Energy Procedia 14, 1671–1676.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Tiago Valim Angelo, Gustavo Evaristo de Sousa, Luciano Soares da Cunha

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Brasileira de Geografia Física concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão para disponibilizar seu trabalho online antes ou durante o processo editorial, em redes sociais acadêmicas, repositórios digitais ou servidores de preprints. Após a publicação na Revista Brasileira de Geografia Física, os autores se comprometem a atualizar as versões preprint ou pós-print do autor, nas plataformas onde foram originalmente disponibilizadas, informando o link para a versão final publicada e outras informações relevantes, com o reconhecimento da autoria e da publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.