Alternativas pós-desenvolvimentistas: o “Bem Viver”, um discurso do Sul
DOI:
https://doi.org/10.51359/2179-7501.2021.250187Palavras-chave:
bem viver, américa latina, sustentabilidadeResumo
Alberto Acosta, economista e político equatoriano, traz a obra “O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos” que trata de um movimento de resgate de epistemologias ancestrais andinas e amazônicas na busca de respostas para problemáticas contemporâneas. O livro mostra as bases e conceitos chaves para o “Bem Viver” e exemplos empíricos que nos fazem refletir: até que ponto o “Bem Viver” é uma utopia para o continente latino-americano. Fato é, que o “Bem Viver” pode representar um caminho para um futuro mais justo, cooperativo e genuinamente compatível com as necessidades e potencialidades da América Latina. A obra deixa lacunas que nos convidam a prosseguirmos os debates para encontrarmos arranjos institucionais capazes de fazer do “Bem Viver” um futuro tangível. Mas é certo afirmar que o livro de Alberto Acosta cumpre com êxito o seu propósito: se somar a um movimento imprescindível de reequilíbrio entre ser humano e natureza.
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