Tenreiro, Amador e os Angolares ou a reinvenção da história da Ilha de São Tomé
Abstract
No século XVI, São Tomé tornou-se a primeira economia de plantação nos trópicos, baseada na monocultura do açúcar e no trabalho escravos. Desde o início da colonização, muitos escravos fugiram para o inacessível interior da ilha onde estabeleceram um quilombo. Os descendentes destes quilombolas em São Tomé são conhecidos por angolares. Além pelas fugas, os escravos também resistiram através de revoltas. A maior revolta de escravos em São Tomé, liderado por Amador, ocorreu em 1595. Em 1961, o geógrafo Francisco Tenreiro, negou a fuga e a revolta de escravos na sua monografia A Ilha de São Tomé, ainda hoje uma obra marcante sobre a ilha situada no Golfo da Guiné. A reinvenção da história por Tenreiro é explicável á luz do lusotropicalismo, então ideologia dominante do regime salazarista para justificar cientificamente a sua política colonialista, visto que orientou os trabalhos do geógrafo.
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