Poderia haver uma relação inextricável entre economia e religião na forma como países como o Brasil receberam um caminho para a modernização e o desenvolvimento?

Resumo

Contribuições para o estudo do desenvolvimento econômico e modernização na segunda metade do século XX incluíram pouco sobre o papel da religião. Este artigo começa com uma declaração do diretor do campus de um projeto de desenvolvimento universitário americano no Brasil, fazendo o que, na época, era uma declaração chocante: que nenhuma nação poderia se desenvolver economicamente, a menos que seu povo se tornasse protestante. Seis décadas depois, o Brasil tem uma economia moderna e está a caminho de se tornar uma nação protestante. Além disso, os protestantes, especialmente os pentecostais e outros evangélicos, têm uma influência na política eleitoral apoiando candidatos conservadores e suas políticas muito além de seus números. O artigo faz a pergunta: a declaração do diretor do campus do programa de desenvolvimento no Brasil foi simplesmente sua conjectura baseada em suas crenças pessoais, ou pode haver uma relação entre a economia e a política da modernidade que inclui o protestantismo como uma parte funcionalmente interdependente?

Contributions to the study of economic development and modernization in the second half of the twentieth century included little on the role of religion. This paper begins with a statement by the campus director of an American university development project in Brazil making what, at the time, was a shocking statement: that no nation could develop economically, lest their people become Protestant. Six decades later Brazil has a modern economy and is well on its way to becoming a Protestant nation. In addition, Protestants, especially Pentecostals and other Evangelicals, have an influence in electoral politics supporting conservative candidates and their policies far beyond their numbers. The paper asks the question, was the statement by the campus director of the development program in Brazil simply his conjecture based on his personal beliefs, or might there be a relationship between the economics and politics of modernity that includes Protestantism as a functionally interdependent part?