Povos Tradicionais e a Questão Nuclear: conflitos socioambientais e resistências à central nuclear em Itacuruba

Autores/as

  • Whodson Silva UFMG; Projeto Nova Cartografia Social
  • Vânia Fialho Universidade de Pernambuco; Projeto Nova Cartografia Social

DOI:

https://doi.org/10.51359/2525-5223.2020.244090

Palabras clave:

Povos e comunidades tradicionais, Central Nuclear do Nordeste, Mobilizações antinucleares

Resumen

O presente trabalho busca problematizar o campo sociopolítico em que se dá a instalação da Central Nuclear do Nordeste em Itacuruba, Sertão de Pernambuco – Brasil. Nossa análise considera o lugar que os povos tradicionais ocupam nessa arena de conflitos socioambientais. O cenário atual aponta para a consolidação de uma política nuclear que prioriza fatores como a importância militar da tecnologia nuclear e a sofisticação embutida nessa tecnologia que a apresenta como a forma de energia do futuro. Diante desse contexto, os povos tradicionais em Itacuruba têm elencado uma série de enfrentamentos no intuito de assegurar a proteção de suas territorialidades específicas frente à instalação do complexo nuclear no Rio São Francisco. Tais enfrentamentos configuram um repertório de ações coletivas e confrontos políticos na região do Sertão pernambucano.

Biografía del autor/a

Whodson Silva, UFMG; Projeto Nova Cartografia Social

UFMG;
Projeto Nova Cartografia Social

Vânia Fialho, Universidade de Pernambuco; Projeto Nova Cartografia Social

Universidade de Pernambuco;
Projeto Nova Cartografia Social

Citas

ALMEIDA, Alfredo W. 2017. “Repensando a ação antropológica: prefácio à edição de 2016”. In ALMEIDA, A. & MOURÃO, L. (eds.): Questões agrárias no Maranhão contemporâneo, pp. 29-61. Manaus: UEA Edições.

ALMEIDA, Alfredo W. 2004. “Terras tradicionalmente ocupadas: processos de territorialização e movimentos sociais”. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 6(1):9-32.

ALONSO, A. & BOTELHO, A. 2012. “Repertórios de ação coletiva e confrontos políticos: entrevista com Sidney Tarrow”.Sociologia e Antropologia, 2(3):11-19.

BROOKS, Andrew. 2012. “Radiating Knowledge: the public anthropology of nuclear energy”. American Anthropology, 114(1):137-145.

LEITE LOPES, José S. (Ed.). 2004. A ambientalização dos conflitos sociais.Rio de Janeiro: Relume Dumará.

MCADAM, D., TARROW, S. & TILLY, C. 2009. “Para mapear o confronto político”. Lua Nova, 76:11-48.

NADER, L., CESARINO, L. & HEBDON, C. 2010. The Energy Reader.Chichester: Wiley-Blackwell.

PINGUELLI ROSA, Luiz. 1988. “Características da estrutura de produção da energia nuclear no Brasil”. In PINGUELLI ROSA, L., SIGAUD, L. & MIELNIK, O. (eds.): Impactos de grandes projetos hidrelétricos e nucleares: aspectos econômicos, tecnológicos, ambientais e sociais, pp.39-69. São Paulo: COPPE/Marco Zero/CNPq.

RIBEIRO, Gustavo L. 2008. “Poder, redes e ideologia no campo do desenvolvimento”. Novos Estudos CEBRAP, 80:109-125.

SCOTT, James. 2002. “Formas cotidianas da resistência camponesa”. Raízes, 21(1):10-31.

SCOTT, Russel P. 2009. Negociações e resistências persistentes: agricultores e a barragem de Itaparica num contexto de descaso planejado. Recife: Ed. Universitária da UFPE.

SILVA, Whodson. 2019. O conto das quatro mil almas: uma etnografia do confronto de Indígenas e Quilombolas com a Central Nuclear do Nordeste em Itacuruba. Dissertação de Mestrado. Recife: Universidade Federal de Pernambuco.

Publicado

2020-09-27

Número

Sección

Dossiê