Diários de antropologia griô: etnografia e literatura na obra de Zora Hurston

Auteurs-es

  • Messias Basques Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, UFRJ

DOI :

https://doi.org/10.51359/2525-5223.2019.244086

Résumé

Zora Hurston tornou-se amplamente conhecida na literatura norte-americana como romancista. Seus personagens, principalmente os femininos, opunham-se diretamente às representações estereotipadas de afro-americanos. Contudo, poucos sabem que a aclamada escritora também se graduou e realizou pesquisas de campo em antropologia, sob a orientação de Franz Boas. Este ensaio bibliográfico apresenta uma síntese da vida e da obra de Zora Hurston, a partir da análise de seu primeiro manuscrito, datado de 1931. Por quase noventa anos, Barracoon permaneceu inédito. Assim como a originalidade e o pioneirismo de Zora Neale Hurston, cuja obra ainda é pouco conhecida entre os antropólogos brasileiros.

Biographie de l'auteur-e

Messias Basques, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, UFRJ

Doutor em Antropologia (Museu Nacional, UFRJ) e professor universitário, com experiência em instituições privadas e federais na área de Ciências Sociais. Fundador da R@U - Revista de Antropologia da Universidade Federal de São Carlos, foi seu editor de 2009 a 2013. Autor de artigos e ensaios bibliográficos publicados em revistas de referência, no Brasil e no exterior.

Références

AGAMBEN, Giorgio. 2007. L’Amitié. Paris: Payot.

ALBERT, Bruce. [2010] 2015. “Postscriptum – Quando eu é um outro (e vice-versa)”. In KOPENAWA, D. & ALBERT, B. (eds.): A queda do céu: palavras de um xamã yanomami, pp. 512-549. São Paulo: Companhia das Letras.

BAQUES, Messias. 2019. “Zora Hurston e as luzes negras das Ciências Sociais.Ayé”. Revista de Antropologia, 1(1):102-105.

CÉSAIRE, Aimé. [1947] 2012. Diário de um retorno ao país natal.São Paulo: EdUSP.

BOYD, Valerie. 2004. Wrapped in rainbows: the life of Zora Neale Hurston. New York: Lisa Drew Books/Scribner.

EVARISTO, Conceição. 2008. “Escrevivências da afro-brasilidade: história e memória”. Releitura, 23:1-17.

GONZALEZ, Lélia. 1984. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. Ciências Sociais Hoje, 2:223-244.

HURSTON, Zora Neale. 1927. “Cudjo’s Own Story of the Last African Slaver.” Journal of Negro History, 12:648-63.

HURSTON, Zora Neale. [1935] 1990. Mules and Men. New York: HarperPerennial.

HURSTON, Zora Neale. [1938] 1990. Tell My Horse: Voodoo and Life in Haiti and Jamaica. New York: Harper Perennial.

HURSTON, Zora Neale. [1942] 1996. Dust Tracks on a Road. New York: HarperPerennial.

HURSTON, Zora Neale.1943. “The ‘Pet Negro’ System.” American Mercury, 56:593-600.

HURSTON, Zora Neale. 1950. “What White Publishers Won’t Print.” In NAPIER, W. (ed.): African American Literary Theory: A Reader, pp.54-57. New York: NYU Press.

HURSTON, Zora Neale. [1937] 2002. Seus olhos viam Deus. Rio de Janeiro: Record.

HURSTON, Zora Neale. 2018. “Barracoon: the story of the last ‘Black Cargo’”. New York: Amistad. (Ebook Kindle)

LORDE, Audre. 1984. Sister Outsider: Essays and Speeches. New York: Crossing Press Feminist Series.

MAFEJE, Archie. 2008. “A commentary on anthropology and Africa”. Codesria Bulletin, 3-4:88-94.

MEISENHELDER, Susan. 2007. “Conflict and Resistance in Zora Neale Hurston’s Mules and Men”. In BLOOM, H. (ed.): Zora Neale Hurston – Bloom’s Modern Critical Views, pp.105-130. New York: Bloom’s Literary Criticism.

PERRONE-MOISÉS, Beatriz. 2015. Festa e Guerra. Tese de Livre-Docência. São Paulo: Universidade de São Paulo.

Téléchargements

Publié-e

2020-04-28

Numéro

Rubrique

Ensaio Bibliográfico