Relações interétnicas e processos de territorialização, ensaio sobre uma experiência etnográfica entre os Pataxó da TI Barra Velha do Monte Pascoal
DOI:
https://doi.org/10.51359/2525-5223.2022.257005Parole chiave:
políticas indigenistas, Pataxó, Bolsonaro, etnografia, militânciaAbstract
Onde começa e onde termina uma experiência etnográfica? A partir dessa pergunta metodológica, esse ensaio pretende discutir o processo antropológico. O trabalho surge das reflexões que nasceram ao longo da convivência da pesquisadora com os Pataxó de Barra Velha, no Sul da Bahia, durante um ano (entre os anos de 2021 e 2022). A TI Barra Velha do Monte Pascoal sofre hoje sérias ameaças a sua continuidade territorial, gerando com isso novos debates, resistências e formas de ação entre os Pataxó. Este texto busca demonstrar o processo da construção da pesquisa etnográfica sobre essa realidade, como também aproximar a complexidade da experiência do convívio diário com uma comunidade indígena no contexto do conflito. Por último, esse trabalho quer repensar a capacidade da nossa disciplina de funcionar em contextos e realidades que conectam vários campos, buscando sempre fortalecer práticas e enfoques descoloniais.
Riferimenti bibliografici
ATHIAS, Renato. 2007. A noção da Identidade é Étnica na Antropologia Brasileira – De Roquete Pinto à Roberto Cardoso de Oliveira. Recife: Editora da UFPE.
BÁEZ CASILLAS, M. & PAZ de PEÑA, F. 2020. “La etnografía en los conflictos ambientales y las fronteras de la antropologia”. Revista de El Colegio de San Luiz, 10(21):21-45.
BARTOLOMÉ, M. & ROBINSON, S. 1981. “Indigenismo, dialética e consciência étnica”. In JUNQUEIRA, C. & CARVALHO A. E. (eds.): Antropologia e indigenismo na América, pp.: 107-114. São Paulo: Editora Cortez.
BATALLA BONFIL, Guillermo. 1981. “El pensamiento político de los índios en America Latina”. Anuário Antropológico, 79:38-50.
CARDOSO MOTA, Thiago et al. (ed.). 2012. Aragwaksã. Plano de Gestão Territorial do povo Pataxó de Barra Velha e Águas Belas. Brasília: FUNAI.
ERIKSEN, Thomas. 2005. Engaging Anthropology: The Case for a Public Presence. London: Routledge
OLIVEIRA de FERRAZ, Carlos. 2020. Turismo no Território Pataxó Barra Velha do Monte Pascoal: etnodesenvolvimento, espacialidade e políticas. Tese de Doutorado. Vitoria: Universidade de Espirito Santo.
OLIVEIRA de PACHECO, João. 2016. O nascimento do Brasil e outros ensaios. “Pacificação”, Regime Tutelar e Formação de Alteridades. Rio de Janeiro: Ed. Contra Capa.
QUIJANO, Aníbal. 2005. “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”. In LANDER, E. (ed.): A colonialidade do saber, pp.: 227-275. Buenos Ayres: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales.
SILVA, Cristhian T. 2012. “Indigenismo como ideologia e prática de dominaçao: Apontamentos teóricos para uma etnografia do indigenismo latinoamericano em perspectiva comparada”. Latin American Research Review, 47(1):16-34.
TAYLOR, Anne-Christine. 2022. Anthropology Comes In When Translation Fail. (www.berghahnjournals.com/view/journals/saas/30/1/saas300107.xml?rskey=BnToyS HYPERLINK “http://www.berghahnjournals.com/view/journals/saas/30/1/saas300107.xml?rskey=BnToyS&result=3”&HYPERLINK “http://www.berghahnjournals.com/view/journals/saas/30/1/saas300107.xml?rskey=BnToyS&result=3”result=3; acesso em 15/12/22)
Downloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Direitos Autorais para textos publicados na Revista ANTHROPOLÓGICAS são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista.
Authors retain the copyright and full publishing rights without restrictions.