#QueriaEstarMorta
Mots-clés :
Gênero, Machismo, Performance, Transgressão, Melancolia.Résumé
Trata-se de uma série fotográfica sobre pessoas, melancolia e estágios depressivos ligados à opressão de uma condição feminina ligada ao gênero. Performances, mudanças, desprendimentos e sentimentos em diálogo com as múltiplas possibilidades de mundos experienciadas a partir do gênero.
Há, sequer, ao menos um@ de nós, que nunca acordou sem querer estar nesse mundo? Talvez tenha sido essa a pergunta que mais me fiz durante muitas das manhãs em que acordei durante uma das piores crises depressivas vividas por mim em razão das variadas formas de opressões relacionadas ao machismo, enquanto mulher cis e heterossexual.
hashtag, entre mulheres e homens cis/trans, gays, lésbicas, andróginos, que são oprimid@s cotidianamente em razão da negação e forte rebeldia diante uma dominação masculina que se impõe fortemente e violentamente todos os dias na sociedade patriarcal em que vivemos, sendo ditada por esta, a maneira como as relações interpessoais devem ser, com as fortes influências pelo capital, que dita como todos nós devemos ser, em todos os sentidos!
#QueriaEstarMorta trata de nós, fotógrafa e fotografad@s – amig@s e companheir@s, que compadecemos de uma condição feminina em comum (no jeito de vestir, falar, sentir, se rebelar, existir, performativizar e/ou se identificar), pessoas essas a quem sou leal e eternamente grata pela consternação e companheirismo nas lutas cotidianas, mesmo nos momentos de pior solidão já vivenciados por mim.
Enquanto experiência pessoal, #QueriaEstarMorta vem em meio às crises emocionais em decorrência também da cobrança social que diz que devemos ser e estarmos sempre bem e felizes. Produzir artisticamente por meio da fotografia, foi a maneira que pessoalmente e até insconscientemente acabei encontrando para dar vazão à todas as dores do coração, e de amenizar a difícil tarefa de manter a existência cotidiana. Daí surge o projeto fotográfico da @velmaviuavida, no instagram, criado por mim no início do ano de 2014, depois de ter me dado conta das inúmeras cenas melancólicas e afetivas do cotidiano, de alguém que buscava amor e respeito no outr@ e despretensiosamente fazia fotografias de tudo que via, quase sempre nos momentos de trânsito.
Compartilhar das dores com @s amig@s que também sofrem opressões próximas do que pessoalmente sofro, enquanto mulher, foi uma boa maneira de lutar, e continuar existindo sem precisar me resignar frente a tantas opressões.
As amigas e os amigos são fundamentais. Agradeço imensamente à vocês. Agradecimento aos modelos / colaboradores/ras do ensaio: Dudu Rocha (transexual homem), Erifranklin Santos (homem, negro, cis) Fernando Fischer (andrógino), Jaqueline Santos (mulher, cis, negra), Mycaella Bezerra (transexual mulher). E, apesar de toda a dor, creio que a vida só resiste na luta. Avante. /velma
Ficha técnica:
Autora: Tainã Aynoã dos Santos Barros
Fotografias: Tainã Aynoã dos Santos Barros
Direção, Edição de Imagem e Texto: Tainã Aynoã dos Santos Barros

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