Geodiversidade e Geopatrimônio em uma leitura geográfica
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2024.261941Palavras-chave:
geolodiversidade, geomorfodiversidade, pedodiversidade, hidrodiversidade, climodiversidadeResumo
O artigo afirma que a geodiversidade é o complemento abiótico da biodiversidade, sendo considerados os elementos associados com o ambiente abiótico, por exemplo, diversidade geológica (ou geólogodiversidade), geomorfodiversidade, pedodiversidade, hidrodiversidade e climodiversidade. O geopatrimônio é considerado como o patrimônio geológico de um sítio, mas é aqui apresentado como o conjunto do patrimônio abiótico de um dado lugar e está relacionado ao geolopatrimônio, geomorfopatrimônio, pedopatrimônio, hidropatrimônio e climatopatrimônio. A geodiversidade e o geopatrimônio estão fortemente ligados à geologia na origem. No entanto, é também um novo paradigma para a geografia, que vai além de geossistema e paisagem, pois a geografia física classicamente trabalha com ambientes abióticos e bióticos, e não apenas com ambientes abióticos.
Referências
AB’SABER, A. N. Domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.
BERTALANFFY, L. V. General System Theory: Foundations, Development, Applications. New York: George Braziller, 1968.
BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global: esboço metodológico. São Paulo: Caderno de Ciências da Terra – USP, 1971.
BOOTHROYD, A.; MCHENRY, M. Old Processes, New Movements: The Inclusion of Geodiversity in Biological and Ecological Discourse. Diversity, v. 11, p. 216–238, 2019. DOI: 10.3390/d11110216.
BRILHA, J. Inventory and quantitative assessment of geosites and geodiversity sites: a review. Geoheritage, v. 8, p. 119–134, 2016. DOI: 10.1007/s12371-014-0139-3.
CHENDEV, Y. G.; PETIN, A. N.; SERIKOVA, E. V.; KRAMCHANINOV, N. N. Degradation of geosystems in the Belgorod region as a result of economics activities. Geography and Natural Resources, v. 29, n. 4, p. 348–353. DOI: 10.1016/j.gnr.2008.10.010.
CLAUDINO-SALES, V. Geodiversity and Geoheritage in the perspective of Geography. Bulletin of Geography: Physical Geography.21, p. 45-52, 2021.
CLAVAL, P. La géographie culturelle. Paris: Nathan, 1995.
CONWAY, J. A soil trail: A case study from Anglesey, Wales, UK. Geoheritage, v. 2, p. 15–24, 2010. DOI: 10.1007/s12371-010-0009-6.
EUROPE LANDSCAPE CONVENTION. Council of Europe Landscape Convention, 2000. Council of Europe Landscape Convention /Official website (coe.int). Acesso em: 22 dez. 2021.
GARCIA-ROMERO, A. An evaluation of forest deterioration in the disturbed mountains of Western Mexico City. Mountain Research and Development, v. 22, n. 3, p. 270–277, 2002. DOI: 10.1659/0276-4741(2002)022[0270:AEOFDI]2.0.CO;2.
GEOLOGICAL SOCIETY OF AMERICA. Geoheritage GSA Position Statement. Disponível em: https://rock.geosociety.org/net/documents/gsa/positions/pos20_Geoheritage.pdf. Acesso em: 01 fev. 2021).
GIUSTI, C.; CALVET, M. L’inventaire des géomorphosites en France et le problème de la complexité scalaire. Géomorphologie. Relief, Processus, Environment, v. 16, n. 2, p. 233–234, 2010. DOI: 10.4000/geomorphologie.7947.
GIUSTI, C.; CALVET, M.; GUNNELL, Y. Géotope, géofaciès et géosystème: une grille de lecture des paysages géomorphologiques? Le cas de la Réserve naturelle nationale des Aiguilles Rouges, Chamonix –Mont-Blanc (Haute-Savoie, France). Collection Edytem, v. 15, p. 17–32, 2013. DOI: 10.3406/edyte.2013.1235.
GRAY, M. Valuing and conserving abiotic nature. Chichester: Wiley, 2a edition, 2013.
GRAY, M. Geodiversity: developing the paradigm. Proceedings of the Geologists Associations, v. 119, p. 287–298, 2008.
GRAY, M. Valuing and conserving abiotic nature. Chichester: Wiley, 2004.
IBÁÑEZ, J. J.; BREVIK, E. C. Divergence in natural diversity studies: The need to standardize methods and goals. Catena v. 182, p. 104–110, 2019. DOI: 10.1016/j. catena.2019.104110.
IBÁÑEZ, J. J.; BREVIK, E. C.; CERDÀ, A. Geodiversity and geoheritage: Detecting scientific and geographic biases and gaps through a bibliometric study. Science of the Total Environment, v. 659, p. 1032– 1044, 2019. DOI: 10.1016/j.scitotenv.2018.12.443.
IBÁÑEZ, J. J.; VARGAS, R. J.; VÁZQUEZ-HOEHNE, A. Pedodiversity State of the Art and Future Challenges. In: IBÁÑEZ, J. J.; BOCKHEIM, J. G. (eds.). Pedodiversity. Boca Raton: CRC Press, 2013.
JELLYCOE, G.; JELLYCOE, S. El paisaje del hombre: la conformación del entorno desde la prehistoria hasta nuestros días. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1995.
KHARIN, N. G. Desertification of the arid lands of Turmenistan. In: FET, V.; ATAMURADOV, K. I. (eds). Biogeography and Ecology of Turkmenistan. Louisiana: Springer, 1994.
KOT, R. A comparison of results from geomorphological diversity evaluation methods in the Polish Lowland (Toruń Basin and Chełmno Lakeland). Geografisk Tidsskrift-Danish Journal of Geography, v. 118, n. 1, p. 17–35, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1 080/00167223.2017.1343673.
KOT, R.; LEŚNIAK, K. Impact of different roughness coefficients applied to relief diversity evaluation: Chełmno Lakeland (Polish Lowland). Geografiska Annaler: Series A, Physical Geography, v. 99, n. 2, p. 102–114, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/04353676.2017.1286547.
KUBALÍKOVÁ, L.; BAJER, A.; KIRCHNER, K. Secondary Geodiversity and its Potential for Geoeducation and Geotourism: A Case Study from Brno City. In: Proceedings of the Public Recreation and Landscape Protection – With Nature Handin Hand, Krˇtiny, Czech, p. 224–231, 2016. DOI: 10.1515/ quageo-2017-0024.
MELGAÇO, L. Thinking Outside the Bubble of the Global North: Introducing Milton Santos and “The Active Role of Geography”. Antipode, v. 49, n. 4, p. 956–952, 2017. DOI: 10.1111/anti.12319.
MEINIG, Donald W. O olho que observa: dez versões da mesma cena. Espaço e Cultura, n. 13, p. 35-46, 2002 [1976].
PANIZZA, M. The geomorphodiversity of the Dolomites (Italy): a key of geoheritage assessment. Geoheritage, v. 1, p. 33–42, 2009. DOI: 10.1007/s12371-009-0003-z.
PANIZZA, M. Geomorphosites: concepts, methods and example of geomorphological survey. Chinese Science Bulletin, v. 46, p. 4–6, 2001. DOI: 10.1007/BF03187227.
RABELO, T. O.; SILA, M. V.; RIBEIRO, N. R.; LIMA, Z. M. C.; NASCIMENTO, M. A. L. Novas abordagens geograficas: teorias e metodos em Geografia Fisica aplicadosa aos estudos de Geodiversidade. Revista da Casa de Geografia de Sobral, v. 21, n. 2, p. 1132–1153, 2019. DOI: 10.35701/rcgs.v21n2.546.
REYNARD, E.; GIUSTI, C. The landscape and the cultural value of geoheritage. Geoheritage, Elsevier, p. 147–166, 2018. DOI: 10.1016/B978-0-12-809531-7.00008-3.
ROUGERIE, G.; BEROUTCHACHVILI, N. Geosystèmes et paysages: bilan e méthodes. Paris: Armand Colin Éditeur, 1991.
ROYAL GEOGRAPHICAL SOCIETY, 2020, What is geography. Disponível em: https://www.rgs.org/about-us/what-is-geography#:~:text=Geography%20informs%20us%20about%3A,changing%2C%20both%20globally%20and%20locally. Acesso em: 10 maio 2021.
SÁ, A. A. A. Patrimônio Geológico para o Geoturismo e Desenvolvimento Local. Opening Conference, V Simpósio Brasileiro do Patrimônio Geológico: patrimônio geológico, geoturismo e desenvolvimento – Crato: 14 a 18 de outubro, 2019.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EdUSP, 2008.
SAUER, C. O. The morphology of landscape. Berkeley: University Press, 1925.
SEYMOUR, R. J. Ocean Energy Recovery, the state of the art. New York: American Society of Civil Engineers, 1992.
SHARPLES, C. A methodology for the identification of significant landforms and geological sites for geoconservation purposes. Report, Forestry Commission, Tasmania, Australia, 1993.
SOLODYANKINA, S. V.; ZNAMENSKAYA, T. I.; VANTEEVA, J. V.; OPEKUNOVA, M. Y. Geosystem approach for assessment of soil erosion in Priol’khonie steppe (Siberia). IOP Conf. Series: Earth and Environmental Science, v. 201, p. 1–6, 2018. DOI: 10.1088/1755- 1315/201/1/012023.
SOTCHAVA, V. B. Définition de quelques notionset termes de géographie physique. Dokl. Institute de Géographie de la Sibérie et Extrême Orient, v. 3, p. 94–117, 1966.
SOTCHAVA, V. B. O estudo de geossistemas. Métodos em Questão – USP, 1977.
TUAN, Y. F. Topophilia: A Study of Environmental Perception, Attitudes and Values. Englood Cliffs: Prentice Hall Inc., 1974.
WIEDENBIEN, F. W. Origin and use of the term ‘geotope’ in German-speaking countries. In: O’HALLORAN, D.; GREEN, C.; HARLEY, M.; STANLEY, M. KNILL, J. (eds.). Geological and Landscape Conservation. Geological Society, London, p. 117–120, 1994. DOI: 10.18814/ epiiugs/2004/v27i4/007.
ZWOLIŃSKI, Z. The routine of landform geodiversity map design for the Polish Carpathian Mts. Landform Analysis, p. 11, p. 77–85, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Vanda de Claudino-Sales

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à REVISTA DE GEOGRAFIA da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
d) Os conteúdos da REVISTA DE GEOGRAFIA estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
No caso de material com direitos autorais a ser reproduzido no manuscrito, a atribuição integral deve ser informada no texto; um documento comprobatório de autorização deve ser enviado para a Comissão Editorial como documento suplementar. É da responsabilidade dos autores, não da REVISTA DE GEOGRAFIA ou dos editores ou revisores, informar, no artigo, a autoria de textos, dados, figuras, imagens e/ou mapas publicados anteriormente em outro lugar.