As batalhas das árvores: uma geografia para se pensar as lutas dos povos indígenas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2023.260671Schlagworte:
decolonialidade, DATALUTA Floresta, inteligências indígenas, territóriosAbstract
O texto aborda a luta dos povos das florestas contra a exploração e a degradação de seus territórios, destacando a necessidade de reconhecimento de suas culturas, conhecimentos e direitos. Enfatiza a resistência desses povos diante de políticas anti-indígenas e apropriação capitalista da natureza. As iniciativas globais e nacionais de justiça ambiental e mudanças climáticas ainda não abordam adequadamente as demandas e perspectivas indígenas. A metáfora das árvores representa a união e a diversidade dos povos das florestas, cujas ações são fundamentais para a preservação da floresta e para alimentar as necessidades da sociedade. A batalha das árvores é uma luta contra o etno-racismo colonial, a invisibilidade e o desinteresse das pautas indígenas. A subversão das relações guiadas pelo interesse econômico permite que os povos indígenas amplifiquem sua luta e participem na elaboração de políticas. O território e a resistência dos povos indígenas são fundamentais para romper com o monopólio da concepção de território do Estado e do capitalismo globalizado. A pesquisa aborda a importância de compreender a política contenciosa dos povos indígenas no Brasil, destacando a análise das ações e resistências durante o governo Bolsonaro, a partir dos dados do DATALUTA Floresta, da valorização das inteligências indígenas e com reflexões da natureza geográfica desses sujeitos em luta.
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