A UNIVERSIDADE FORDISTA E A CELEBRAÇÃO DOS NÚMEROS: O trabalho acadêmico em questão.

Autores/as

  • Paulo Henrique Oliveira

Resumen

Este artigo tem como propósito discutir os caminhos que as universidades públicas brasileiras têm tomado nos últimos anos em relação à produção acadêmica de Teses, Pesquisas e Trabalhos Científicos. Busca discutir os motivos pelos quais a formação acadêmica de nível superior tem se enquadrado cada vez mais em uma lógica fabril, que estabelece uma padronização de tempo para a construção de um produto, deixando as individualidades sem poder de argumentação ou contestação. No caso da universidade, o produto a ser construído é, antes de tudo, o conhecimento. Certamente este texto não se propõe a avaliar minuciosamente as ações normativas pasteurizadas plenamente aceitas e implementadas nas instituições públicas de ensino superior nos últimos anos. No entanto, busca uma explicação mais elaborada sobre como o ensino, a pesquisa e os trabalhos científicos transformaram-se em produtos artificiais que são usados potencialmente como parâmetros de avaliação de cursos e de profissionais. Este texto se propõe ainda a repensar como a forma única de conduta coletiva instituída nas universidades sem uma maior reflexão, pode tornar-se uma sedução perigosa onde todos perdem. Usaremos como esboço da nossa reflexão os elementos da construção de uma tese, que se tornou a referência maior da pesquisa científica no ensino superior brasileiro. Palavras-chave: Universidade. Produção. Pesquisa. Trabalho Científico.

Biografía del autor/a

Paulo Henrique Oliveira

Dr. em Geografia Humana pela UniversidadeFederal de Uberlândia (UFU)

Publicado

2010-09-05

Cómo citar

Oliveira, P. H. (2010). A UNIVERSIDADE FORDISTA E A CELEBRAÇÃO DOS NÚMEROS: O trabalho acadêmico em questão. Revista De Geografia, 26(2). Recuperado a partir de https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistageografia/article/view/228710