PAISAGENS INSULARES NO SEMIÁRIDO DO CEARÁ

Autores/as

  • Arnóbio de Mendonça Barreto Cavalcante Instituto Nacional do Semiárido

Resumen

A partir do descobrimento do Brasil secas na região Nordeste foram sendo rotineiramente registradas. A maior de todas as secas registrada, a chamada “Grande Seca” como identificada àquela transcorrida no período 1877-1879, pereceu mais da metade das pessoas que, à época, residiam na área castigada pelo flagelo. Só no Estado do Ceará morreram 119 mil, em 1878. Como conseqüência dessa tragédia nacional teve início a construção de grandes açudes públicos na região. Essas obras valiosas contribuição proporcionam, oferecendo água para o abastecimento humano, animal dentre outras. Contudo, também trazem prejuízos, sobretudo, para a paisagem. Aqui, é emblemático o processo conhecido por fragmentação da paisagem. Com o término da barragem e o alagamento em curso, os altos topográficos da paisagem que pertencem à área de inundação são isolados. Desse modo, o Homem ao construir açudes fragmenta a paisagem e cria ilhas. Atualmente, o Estado do Ceará detém 130 açudes públicos pouco prováveis de secar e por meio do Projeto Inventário das Ilhas Continentais do Ceará (2006-2010), levantou 822 ilhas artificiais. Essas ilhas artificiais apresentam tamanhos que variam de 0,001 (10 m2) a 78,64 ha e isolamento de 2 a 943 m do continente

Publicado

2013-09-08

Cómo citar

Cavalcante, A. de M. B. (2013). PAISAGENS INSULARES NO SEMIÁRIDO DO CEARÁ. Revista De Geografia, 30(3), 163–177. Recuperado a partir de https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistageografia/article/view/228936