Organização social, juventude e agroecologia nas áreas de assentamentos de reforma agrária no sudoeste paulista
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2019.237879Palabras clave:
juventude; agroecologia; organização social; residência jovem.Resumen
Os debates sobre a questão da agroecologia e a questão da juventude são recorrentes nas áreas de reforma
agrária, seja pautado pelos movimentos sociais de luta pela terra, seja como decorrência dos conflitos inerentes à
vivência e convivência cotidiana no âmbito das famílias assentadas e comunidades. A internalização do debate
sobre agroecologia ainda é recente para o conjunto dos assentamentos e representa um ponto de inflexão no
aspecto da organização social e produtiva, um fator de enfrentamento e resistência ao pacote tecnológico pautado
pelo agronegócio e de geração de possibilidades de inserção de mulheres e jovens não só no processo de
produção, mas também no planejamento da unidade produtiva e da comunidade. Logo, está colocado para os
movimentos sociais, famílias beneficiárias da reforma agrária, universidades, instituições de pesquisa e o poder
público, de forma geral, o desafio de construir políticas públicas e metodologias que possibilitem a inserção da
juventude na organização sociocomunitária nas áreas de acampamentos e assentamentos e o fortalecimento da
agroecologia, o que em grande medida tem sido articulado no contexto da educação do campo, onde se destacam
o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – Pronera e os programas Residência Agrária e
Residência Agrária Jovem.
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