Precaria convivencia con el Semiárido en territorios de expansión del agronegócio
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2025.262736Palabras clave:
convivencia con el semiárido, injusticia ambiental, agronegocios, Chapada do ApodiResumen
La práctica de convivencia con la región Semiárida en áreas de expansión agroindustrial enfrenta dinámicas diferentes y desafiantes no vistas en otros territorios. En Chapada do Apodi, en el municipio de Tabuleiro do Norte-CE, destacamos un ejemplo de este problema, a partir de un escenario de injusticia ambiental identificado a través de la intensificación de la negación del derecho de acceso al agua y/o la exposición a contaminantes. Ante esto, el objetivo es visibilizar los impactos provocados por la territorialización y expansión del agronegocio en la convivencia con la región Semiárida en Chapada do Apodi, en Tabuleiro do Norte-CE. Para ello, la metodología se basa en un enfoque cualitativo, basado en la investigación participativa. Así, los procedimientos fueron secuenciados en tres etapas, a saber: 1) encuesta y revisión bibliográfica; 2) realizar trabajo de campo; y, 3) sistematización y análisis de los datos recolectados. Del estudio se desprende que el agronegocio, al desarrollar su modelo productivo con uso intensivo de pesticidas, agua, tierra y territorio, produce impactos en la convivencia con la región Semiárida. Este proceso se materializa en la destrucción de varias dimensiones de la vida, considerando las actividades productivas campesinas, el agua y las tecnologías sociales productivas y la contaminación del aire, que precarizan la convivencia con la región Semiárida a medida que se expande el agronegocio.
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