Territorialização da pecuária em zona de colonização agrícola: uma análise a partir de Castanhal, estado do Pará
DOI :
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2023.254387Mots-clés :
Territorialização, pecuária bovina, Zona Bragantina, CastanhalRésumé
A pecuária tem se expandido sobre diversas fronteiras amazônicas, como é o caso da Zona Bragantina, que mesmo sendo uma região de colonização agrícola, em um contexto mais recente, tem apresentado um crescimento da pecuária. Nesse sentido, o presente artigo objetiva discutir o processo de territorialização da atividade pecuária, no município de Castanhal, que pertence à Região Bragantina, uma das fronteiras agrárias mais antigas da Amazônia. A pesquisa possui uma natureza qualitativa e os dados primários e secundários foram colhidos a partir de pesquisa bibliográfica e documental, além de entrevistas semiestruturadas. Para complementar as informações, realizou-se trabalhos de campo. O recorte temporal da pesquisa abrange os três censos agropecuários 1996, 2006 e 2016. Como resultado, tem-se que a territorialização da atividade pecuária se efetiva, em Castanhal, a partir da expansão do pasto, do crescimento do rebanho e da consolidação de uma rede de apoio técnico-logístico. Sua expansão desenvolveu-se, ao longo do tempo sobre a floresta secundária, imprimindo um uso da terra presidido pela atividade pecuária.
Références
ANDRADE, M. C. de. A Terra e o Homem no Nordeste. 6º Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1986, 304 p.
BOLETIM Agropecuário do Pará 2017. Fapespa. Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará. 1° edição, 2015.
CAMARGO, F. C. de. Terra e colonização no antigo e novo quaternário da zona da estrada de ferro de Bragança, estado do Pará, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, 10: 123-147, 1949. il. (“Tese apresentada à Conferência Inter-Americana de Conservação dos Recursos Naturais Renováveis (Terceira Secção: o uso da Terra e a Sociologia), realizada em Denver, Colorado, Estados Unidos, em setembro de 1948”).
CRUZ, E. A. Estrada de Ferro de Bragança: visão social, econômica e política. Belém: SPVEA,1955
DIAS, V. C. Amazônia - Aspectos Geográficos: descrição das principais características físicas. In: Guerra, A.T. Geografia do Brasil (roteiro de viagem). Rio de Janeiro, IBGE, 1960.
EGLER, E. A zona bragantina no Estado do Pará. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro, v. 23, n. 3, p. 527-555, 1961.
HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
HOMMA, A. K. O. et al. Bacia Hidrográfica do Rio Marapanim: desafios ambientais e perspectivas. – Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2021. 88 p. 16 cm x 22 cm. – (Documentos / Embrapa Amazônia Oriental, ISSN 1517-2201; 458).
HOMMA, A. K. O; KITAMURA, P. C.; FLOHRSCHULTZ, G. H. H. Análise do Complexo Pecuário no Nordeste Paraense. Belém, PA: Embrapa-Cpatu, 1983 (Série Documentos, 18).
HURTIENNE, T. P. Agricultura familiar e desenvolvimento rural sustentável na Amazônia. Novos Cadernos do NAEA, v. 8, n. 1, pp. 19-71, 2005.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística). Censo Agropecuário de 2006 - São Paulo. Número 19. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. Disponível em http://www.ibge.gov.br/ home/ estatistica/ economia/ agropecuaria/ censoagro/ 2006 _segunda_apuracao/ default_tab_uf_xls.shtm. Acesso em 17 de janeiro de 2021. Segunda Apuração
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo Agropecuário do Estado de São Paulo de 1995-96. Número 19. Rio de Janeiro: IBGE, 1998
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2017: resultados preliminares. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: Acesso em: 24 jul. 2021.
LUDOVINO, R. M. R. Análise da diversidade e da dinâmica da agricultura familiar na Amazônia Oriental: o caso da zona Bragantina. 2002. 370f. Tese (Doutorado em Agronomia)-Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia, Lisboa, 2002.
MAFRINORTE. A tradição em exportação que garante toda a segurança e qualidade em cada corte. Tudo com muito profissionalismo para você receber sempre o melhor em sua casa. Castanhal, 29 de março de 2020. www.facebook.com/mafrinorte. Acesso em 2020.
MERCURIO ALIMENTOS. Do Pará para o mundo. Castanhal, 27 de dezembro de 2018. www.facebook.com/mercurio.alimentos. Acesso em 2020
OLIVEIRA NETO, T. As rodovias na Amazônia: uma discussão geopolítica. Confins [Online], 501 | 2019, post online no dia 09 setembro 2019, consultado em 15 abril 2022. URL: http://journals.openedition.org/confins/21176; DOI: https://doi.org/10.4000/confins.21176.
PENTEADO, A. R. Problemas de Colonização e de Uso da Terra na Região Bragantina do Estado do Pará. Belém: UFPA, 1967. 2 v
POCCARD-CHAPUIS, R. Les réseaux de la conquête: rôle des filières bovines dans la structuration de l’espace sur les fronts pionniers d’Amazonie orientale brésilienne. Paris: Université de Paris X - Nanterre, 2004. 435 p. + annexes. Thèse de doctorat en géographie.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTANHAL. Relatório: plantas frigoríficas do município de Castanhal. Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento agrário. Castanhal: 2020.
RIBEIRO, Willame de Oliveira. Interações espaciais na rede urbana do nordeste do Pará: particularidades regionais e diferenças de Bragança, Capanema e Castanhal. Presidente Prudente, 2017. 356 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Presidente Prudente, 2017.
SANTOS, O. C. O. Análise do uso do solo e dos recursos hídricos na microbacia do Igarapé Apeú, nordeste do Estado do Pará. 2006. 256f. Tese (Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ, 2006.
SAQUET, M. A. Por uma abordagem territorial. In: SAQUET, M.; SPOSITO, E. S. Território e territorialidades: teorias, processos e conflitos. São Paulo: Expressão Popular, 2009, p. 73-94.
TEIXEIRA NETO, J. F.; COSTA, N. A. da; LOURENÇO JUNIOR, J. de B. Análise retrospectiva, situação atual e visão prospectiva. In: TEIXEIRA NETO, J. F.; COSTA, N. A. da (Ed.). Criação de bovinos de corte no Estado do Pará. Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2006.
VEIGA, B. J; HOSTIOU, N. Aspectos Agroecológicos e Socioeconômicos, e os Sistemas Leiteiros da Zona Bragantina. In: TEIXEIRA NETO, J. F.; COSTA, N. A. da (Ed.). Criação de bovinos de corte no Estado do Pará. Belém, PA: Embrapa, 2006.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© José Antônio Guilherme Junior 2024
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à REVISTA DE GEOGRAFIA da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - 
. Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
d) Os conteúdos da REVISTA DE GEOGRAFIA estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
No caso de material com direitos autorais a ser reproduzido no manuscrito, a atribuição integral deve ser informada no texto; um documento comprobatório de autorização deve ser enviado para a Comissão Editorial como documento suplementar. É da responsabilidade dos autores, não da REVISTA DE GEOGRAFIA ou dos editores ou revisores, informar, no artigo, a autoria de textos, dados, figuras, imagens e/ou mapas publicados anteriormente em outro lugar.
