O papel da escala espacial e temporal na análise de processos geomorfológicos: exemplos e aplicações

Autores

  • Sinara Gomes Sousa UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE
  • Évio Marcos de Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
  • José Fabio Gomes da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
  • Danielle Gomes da Silva Listo UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
  • Fabrizio de Luiz Rosito Listo UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DOI:

https://doi.org/10.51359/2238-6211.2019.240614

Palavras-chave:

escala, geomorfologia, análise comparativa

Resumo

A ciência geomorfológica tem como fundamento conhecer o funcionamento dos sistemas físicos e sua atuação na construção do relevo terrestre, para tanto, pauta suas investigações no tempo e no espaço de ocorrência destes fenômenos. Desta forma, busca consolidar as informações averiguadas dentro de um perímetro espaço-temporal que seja plenamente capaz de atender às demandas conceituais que são abordadas em seus trabalhos. Assim, a questão da escala se coloca em primazia, dada sua relevância para o bom proceder metodológico dos trabalhos em geomorfologia. Ao longo da história, diversos trabalhos buscaram construir modelos analíticos dentro deste campo científico e, com esta finalidade, foram desenvolvidas diversas propostas metodológicas que almejavam contemplar a evolução das formas de relevo de maneira mais uniforme e completa possível.

Biografia do Autor

Sinara Gomes Sousa, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco - PPGEO/UFPE; Mestrado em Geografia pelo PPGEO/UFPE (2019); Pesquisadora do Grupo de Estudos em Mapeamento Geomorfológico e do Quaternário Continental (GEODEQC/UFPE) e do Grupo de Estudos em Geomorfologia e Pedologia do Semiárido (GEOPED/URCA). Tem experiência nas seguintes áreas: Geomorfologia, Pedologia, Etnogeomorfologia e Ensino de Solos. Atualmente desenvolve trabalhos voltados para o mapeamento de geossistemas, geomorfologia do quaternário e dinâmica paleambiental.

Évio Marcos de Lima, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Aluno de doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor assistente substituto na Universidade Federal de Alagoas. Mestre em geografia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2012-2014) . Licenciado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2008-2012). Realiza pesquisas nas áreas de Geomorfologia do Quaternário, Neotectonismo, Evolução geomorfológica e evolução paleo ambiental. Foi professor do Pronatec, na área de gestão ambiental. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC, pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco - FACEPE, de 2009 à 2011. Tem experiência na área de Geociências atuando principalmente com os temas: semi-árido, sedimentação, quaternário e mudanças ambientais. Foi professor colaborador na Universidade de Pernambuco - UPE.

José Fabio Gomes da Silva, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Graduado em Licenciatura em Geografia, pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE, onde atuou na área de Geografia Física com ênfase em Geologia, Pedologia e Educação. Também cursou por 4 períodos o curso de Licenciatura Plena em História na Fundação de Ensino Superior de Olinda - FUNESO. Atualmente é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGEO - UFPE, onde desenvolve pesquisa sobre dinâmica ambiental.

Danielle Gomes da Silva Listo, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2005), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2007) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2013). Atualmente é docente da Universidade Federal de Pernambuco e líder do Grupo de Estudos em Mapeamento Geomorfológico e do Quaternário Continental (GEODEQC) da Universidade Federal de Pernambuco, onde atua como pesquisadora. Tem experiência na área de Geografia Física, com ênfase em Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Geomorfologia do Quaternário, Cartografia Geomorfológica e Geomorfologia de Ambientes Semiáridos.

Fabrizio de Luiz Rosito Listo, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP), é professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), atuando no Departamento de Ciências Geográficas. Na Graduação, é responsável pelas disciplinas da área de Geotecnologias. Membro Permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É Líder do Grupo de Pesquisa ENPLAGEO (Grupo de Pesquisa em Geotecnologias Aplicadas a Geomorfologia de Encostas e Planícies) junto ao Departamento de Ciências Geográficas da UFPE. É membro do Conselho da União da Geomorfologia Brasileira (Gestão 2017-2020). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geomorfologia e Geotecnologias aplicadas à Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: processos de dinâmica superficial em ambientes tropicais úmidos e semiáridos; cartografia de risco; geoprocessamento, modelos matemáticos de previsão e desastres naturais. Recebeu em 2013 o prêmio Young Geomorphologists durante a 8th International Conference on Geomorphology realizada em Paris pela International Association of Geomorphologists (IAG).

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Publicado

18.09.2019

Como Citar

Sousa, S. G., de Lima, Évio M., da Silva, J. F. G., da Silva Listo, D. G., & Listo, F. de L. R. (2019). O papel da escala espacial e temporal na análise de processos geomorfológicos: exemplos e aplicações. Revista De Geografia, 36(2), 168–180. https://doi.org/10.51359/2238-6211.2019.240614

Edição

Seção

Notas de Pesquisa