Trabalho escravo contemporâneo rural na Bahia
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2021.250986Palavras-chave:
Escravidão contemporânea, Capitalismo, Agronegócio, Bahia.Resumo
A atual horda de escravizados, que realiza o trabalho escravo nas empresas capitalistas, é miscigenada e características como cor da pele, gênero e/ou origem da força de trabalho já não são considerados critérios que determinam a massa dos sujeitos que serão submetidos à situação de degradação laboral. No meio rural brasileiro, o modelo de modernização da agricultura trouxe, junto às benesses da ciência, a intensificação da exploração do trabalho na forma do trabalho análogo ao de escravo nos territórios do agronegócio. Na Bahia, a prática da escravidão contemporânea pode ser observada, principalmente, no Oeste do estado, onde a produção da soja e do algodão é proeminente, e nas áreas destinadas à cafeicultura, localizadas na microrregião do Planalto da Conquista. Nesse contexto, busca-se a compreensão da reprodução da escravidão contemporânea nesses locais, levando em consideração a estruturação desse fenômeno dentro do sistema capitalista, que redefine antigas relações de produção para subordiná-las à sua reprodução. Os elementos teóricos e dados apresentados no decorrer do texto versarão sobre a qualificação e quantificação da ocorrência da prática do trabalho escravo no campo da Bahia, de modo que possam fomentar discussões que contribuam para a construção do pensamento crítico sobre o alastramento da escravidão contemporânea no rural brasileiro. Para tanto, serão utilizadas bibliografias sobre a temática e dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Censo Agropecuário (2006).
Referências
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