Cooperativismo e associativismo rural no alto sertão sergipano: os exemplos da COOPAC e UNITUBA
DOI :
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2021.251410Mots-clés :
Campesinato, Cooperativas, Reprodução camponesa, Alto Sertão Sergipano, Programa Nacional de Alimentação Escolar.Résumé
A formação do campesinato no Alto Sertão Sergipano (ASS) nos remete a pensar como está organizado o campesianto e seus rebatimentos na produção do espaço agrário. Nesse âmbito, compreender o papel das cooperativas na dinâmica territorial é fundamental para defendermos a tese da reprodução camponesa via politicas públicas do PNAE. Para tal, tem-se como foco de pesquisa a análise das cooperativas e associações rurais que estão situadas no ASS e seus desdobramentos na produção de alimentos. Historicamente, o cooperativismo e seu desenvolvimento ao longo do desenvolvimento da sociedade possibilitou entender as mudanças nas relações sociais, principalmente com as revoluções industriais, nas quais os conflitos de classes tornou-se mais latente. No espaço agrário, a formação do cooperativismo e associativismo rural têm sido uma das estratégias de reprodução camponesa e de enfrentamento ao mercado consumidor capitalista. O modelo de cooperativas e associações de estimuladas pelo Movimento dos trabalhadores rurais sem-terra nos assentamentos rurais, onde a posse e organização da produção estão sob o controle da cooperativa se constitui em formas de resistências para o campesinato. Nesse viés, as cooperativas e associações de produção tem propiciado a aquisição de diversas instalações, compra de maquinários e implementos agrícolas, acumulando um considerável patrimônio para seus associados, que individualmente seria muito difícil alcançar. Assim, no ASS a cooperativa de produção agroindustrial e comercialização do Estado de Sergipe LTDA – COOPAC, e a união das associacões de cooperação agrícola do perímetro irrigado Jacaré Curituba – UNITUBA, se destacam pela organização e fortalecimento do campesinato através da reprodução camponesa via PNAE.
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