Movimentos Sociais Urbanos e Geografia: algumas notas à compreensão da realidade do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST/PE)
Palavras-chave:
Movimentos Sociais Urbanos, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Região Metropolitana do RecifeResumo
Nota-se nos últimos anos um forte crescimento do interesse pelo tema dos movimentos sociais urbanos no âmbito da geografia. Esse interesse, por certo, advém da nova diversidade de formas de lutas e novos conteúdos trazidos pelos ativismos contemporâneos. Essa novidade, por sua vez, tem exigido dos pesquisadores um esforço de entendimento das lutas sociais muito mais no sentido de suas particularidades do que de suas generalidades. Desse esforço, todavia, podem surgir diferentes incompletudes teórico-metodológicas, na medida em que a ênfase nas particularidades e a ausência de uma visão mais universalizante passam a se revestir de virtudes. Este escrito procura retomar uma leitura crítica radical sobre a realidade dos movimentos sociais urbanos, mas tomando o cuidado para não enveredar por propostas descoladas do real concreto, nem por propostas parciais, fragmentadas e encerradas em localismos. Tal reflexão dar-se-á, portanto, em virtude do estudo da realidade do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de Pernambuco através de sua atuação na Região Metropolitana do Recife. Procura-se demonstrar sucintamente a realidade desse movimento a partir de suas práticas espaciais, apresentando suas repercussões na produção e organização do espaço da cidade, ao passo que também se elenca os embargos que se apresentam à sua atuação no processo contínuo de transformação da cidade e da sociedade de um modo geral.Downloads
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